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Vice do DF deve se afastar nesta quarta da presidência do DEM

O vice-governador do Distrito Federal, Paulo Octávio – um dos políticos acusados de envolvimento no esquema de corrupção chamado Mensalão do DEM -, deve pedir licença da presidência regional do DEM por 60 dias. Segundo um dirigente da legenda, o pedido de licença será apresentado amanhã à noite, em reunião do Diretório Regional da legenda.

Nesse encontro, o partido decidirá, em votação, se expulsa ou não de seus quadros o deputado Leonardo Prudente (DEM-DF), outro acusado de receber propina no esquema do Mensalão do DEM. De acordo com inquérito comandado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), investigações da Polícia Federal (PF) indicam como chefe do esquema o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, que se desfiliou do partido para evitar ser expulso.

Prudente, deputado distrital e presidente licenciado da Câmara Legislativa do Distrito Federal, foi flagrado, em vídeo gravado durante as investigaçaões da Operação Caixa de Pandora, da PF, guardando maços de dinheiro de propina nos bolsos e nas meias.

Segundo um aliado de Paulo Octávio, o vice-governador já vinha pensando em pedir licença da presidência regional do partido havia vinte dias. Ontem (21), ele disse a pessoas próximas que a decisão de se afastar por 60 dias está tomada.

O pedido de licença deve ser apresentado na reunião de amanhã, porque será a última do diretório antes do fim do ano. O deputado federal Osório Adriano, vice-presidente do DEM no Distrito Federal, deve assumir a presidência temporária do partido caso se confirme o licenciamento de Octávio.

A intenção do vice-governador, ao se afastar do comando do partido, é a de neutralizar as cobranças que estão sendo feitas à Executiva Nacional para que também ele, Paulo Octávio, responda a processo disciplinar, como aconteceu com Arruda. O vice é acusado pelo ex-secretário de Relações Institucionais do governo, Durval Barbosa, de também ter recebido propinas.

No início do mês, Arruda se desfiliou do DEM, quando sua expulsão era dada como certa – após a exibição de vídeo em que ele aparece recebendo R$ 50 mil, entregues por Durval Barbosa. O ex-secretário menciona também outros pagamentos, entre eles um de R$ 3 milhões, em pacotes de R$ 1 milhão. Agora, sem partido, o governador não poderá concorrer a um segundo mandato, nas eleições de 2010.

Durval Barbosa afirmou, no inquérito aberto pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que entregou pessoalmente a Paulo Octávio R$ 200 mil em espécie.

Fonte: O Estado de S.Paulo

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