Relatório paralelo da CPI da Corrupção pede indiciamento de 32

A presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito da Corrupção na Assembléia Legislativa, deputada Stela Farias (PT) apresentou na manhã desta segunda-feira (21) um relatório paralelo da conclusão dos trabalhos da CPI. A parlamentar pediu o indiciamento por crime de improbidade administrativa de 32 pessoas. Entre elas, está a governadora Yeda Crusius (PSDB) e o deputado Coffy Rodrigues (PSDB), relator da comissão.

Rodrigues foi indiciado por direcionamento de licitações para as barragens Jaguari e Taquarembó, no Rio Santa Maria. Já a governadora Yeda foi indiciada por crime de improbidade administrativa. A deputada Stela Farias afirmou que o voto em separado será levado a instâncias da Justiça e da própria polícia.

“Deste voto em separado, assim como na CPI do Detran, teremos representações em órgão judiciais, seja o Ministério Público Federal, e a própria Polícia Federal, que ainda tem coisas importantes a fazer. Há que se também punir os agentes públicos porque não aconteceria nenhum tipo de fraude desta que estamos vendo aí e talvez tantas outras sem a anuência, a participação, sem a articulação política destes entes. Tudo isso será remetido e temos a expectativa de que as coisas sejam respondidas no âmbito da improbidade e no âmbito criminal. Que essas pessoas sejam chamadas a responder pelas irregularidades que cometeram”, argumenta.

O relator Coffy Rodrigues apresentou o relatório final da CPI na última quarta-feira (16).
No documento de 103 páginas, o tucano apresenta um resumo das denúncias contra o governo do Estado, relata as dificuldades no funcionamento da comissão e propõe regras para o andamento de futuras CPIs.

No documento, Coffy ressaltou que seu parecer em relação ao fato envolvendo a empresa de guinchos Atento foi conclusivo quanto à não participação de autoridades em possíveis irregularidades. No que se refere à alegada dívida de R$ 16 milhões que o Detran teria com a empresa, ele entende que restou provado que o Executivo nunca pensará em pagá-la. No parecer do relator, não há indiciados.

A fraude no Detran gaúcho desviou, pelo menos, R$ 44 milhões dos cofres públicos.

FONTE: Agência Chasque