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DEM no DF mantém apoio a Arruda e abre crise no Partido

Lideranças nacionais do DEM reagiram à divulgação nessa quinta-feira (21) de nota oficial do diretório regional do partido no Distrito Federal que reafirmou apoio ao governo de José Roberto Arruda (ex-DEM), investigado por corrupção. Membros da direção nacional ameaçam com a dissolução do diretório, que é presidido pelo vice-governador do DF, Paulo Octávio, também acusado de casos de corrupção.

Na nota, o diretório do DEM elogia o trabalho de Arruda: "Fica mantido o apoio às ações que constam do Plano de Governo que vêm sendo tão bem implementadas em benefício da população do Distrito Federal". Paulo Octávio anunciou aos jornalistas que o partido mantema o apoio ao governo Arruda até porque ele é o vice-governador.

A declaração de apoio ao governo Arruda formalizada por Paulo Octávio atinge o DEM institucionalmente. O partido já saiu chamuscado do escândalo que é protagonizado pelo único governador eleito pelo DEM em 2006 e que era considerado uma das estrelas da sigla. A reafirmação do apoio a uma gestão investigada por corrupção compromete a imagem de partido ético e zeloso da moralidade na administração pública que o DEM tenta construir.

Em outro trecho da nota, o DEM também confirma apoio "às ações do presidente, Paulo Octávio, e do secretario-geral, Flávio Couri, que detêm a confiança e o respeito do partido". Couri responde interinamente pela presidência do Banco de Brasília (BRB), nomeado pelo governador Arruda.

"Inadmissível qualquer nota de solidariedade do diretório do DEM em Brasília aos assuntos que investigam o governo do DF. O Diretório Nacional já tomou as devidas providências e não pode deixar de lado a completa e isenta investigação de todas as denúncias", afirmou o líder do DEM no Senado, José Agripino (RN).

O líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO) e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) querem a dissolução do diretório regional do partido. Mas a dissolução do diretório do DEM no Distrito Federal é apenas uma ameaça das lideranças nacionais, por que dependem do aval do presidente do partido, deputado Rodrigo Maia (RJ).

Da sucursal de Brasília
Com agências