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Total de vítimas fatais pelas chuvas já chega a 60 em SP

Uma senhora de 60 anos morreu soterrada na tarde de ontem no Jardim Celeste, no Butantã, na zona oeste de São Paulo. A casa onde ela e outra mulher de 45 anos estavam desabou em razão das fortes chuvas que atingiram a capital.

Com esta morte, chega a 60 o número de vítimas fatais pelas chuvas em São Paulo desde o dia 1º de dezembro de 2009. Além dos mortos, há centenas de desabrigados e milhares de pessoas tiveram suas casas inundadas em várias cidades paulistas.

Diante da situação, é gritante a omissão do governo estadual comandado pelo tucano José Serra. Desde que as chuvas começaram a causar sérios estragos no estado, o governador pouco falou sobre o assunto. Também não são visíveis as ações do governo estadual para conter os efeitos devastadores das chuvas.

Verbas não são repassadas

Para o chefe do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres da secretaria, Armin Braun, as ações preventivas e emergenciais são prejudicadas pela falta de verba que os Estados deveriam repassar aos municípios. A falta de dinheiro impede que as defesas civis municipais implementem, por exemplo, programas preparativos para evitar desastres.

Segundo Braun, essas ações minimizariam danos materiais, ambientais e, sobretudo, poupariam diversas vidas perdidas em desastres. "Medidas simples, como a instalação em áreas de risco de pluviômetros de baixo custo, feitos de garrafas pet, surtem efeito e diminuiem as consequências das fortes chuvas junto às comunidades", explica.

Outra ação que pode salvar vidas, segundo Braun, são os planos de evacuação com sistema de alarme, em que moradores de encostas manteriam um sinal de aviso e seguiriam um plano de evacuação pré-preparado. Esse esquema de segurança poderia ser também elaborado e supervisionado pelas defesas civis municipais.

Braun adverte que muitas cidades não são preparadas para trabalhar com medidas pré-desastre. "Normalmente, as grandes cidades e as capitais trabalham com esse tipo de medida normalmente. Já as menores, não possuem estrutura para esse tipo de trabalho", disse.

Com agências