Infestação de dengue é três vezes maior que o tolerado pela OMS

Apesar de não estar no nível dos últimos anos, a infestação de dengue no Rio de Janeiro continua com níveis altos. Segundo o último levantamento do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti, realizado em novembro de 2009, a média do Rio é 2,9%, quando o tolerável pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é 1%.

Os dois bairros com as maiores taxas são Santo Cristo e Lagoa. O primeiro, com diversas áreas abandonadas, tem o nível de 9,5%. Já a Lagoa, na Zona Sul carioca e com a mesma taxa, sofre com água empoçada em vários pontos, como no Parque do Cantagalo.

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, informou que as autoridades da área permanecem em alerta em todo o país em relação à dengue. As regiões que mais preocupam, segundo ele, são os municípios de Jacobina e Jequié, na Bahia, além dos estados de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

No Rio de Janeiro, ele disse que os órgãos de limpeza municipal, além da Defesa Civil e das secretarias estadual e municipal de saúde, estão somando esforços para retirar lixo até mesmo do interior das casas para evitar a proliferação de focos do mosquito transmissor.

O governador do Rio, Sérgio Cabral, destacou que, para evitar novo surto da doença, 2 mil bombeiros trabalham diariamente para eliminar possíveis focos do mosquito Aedes aegypti. Além disso, ele citou como medida acertada a mudança na legislação que permitiu a venda isolada de tampas de caixa d’água.

Os dados do Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (Liraa), divulgados em novembro do ano passado, apontaram que, de um total de 157 municípios avaliados, 102 se encontravam em situação de alerta. Na Região Sudeste, quatro municípios apresentavam risco de surto: Governador Valadares e Ipatinga, em Minas Gerais, e Barretos e Presidente Prudente, em São Paulo.