A cara da direita boliviana: xenofobia, preconceito e racismo

Vinícius Mansur, do Brasil de Fato (Brasil), e Sara Pabst, da Prensa de Frente (Argentina), entrevistaram opositores do presidente da Bolívia, Evo Morales, durante as eleições gerais de 6 dezembro de 2009. Os principais argumentos contra o presidente: xenofobia, preconceito, racismo e homofobia. A vitória de Evo nas últimas eleições foi acachapante, mas a entrevista deixa claro que a direita boliviana não é brincadeira, é de arrepiar os cabelos!

“O vice-presidente, candidato à reeleição, Álvaro — do Movimento al Socialismo (MAS), liderado por Evo — foi ovacionado ao chegar na escola do bairro de classe média de La Paz, Sopocachi, mas rapidamente caminhou para a sala de votação, cercado por seguranças. Ao sair, parou para dar entrevistas às dezenas de jornalistas que o esperavam. Neste momento a ovação foi ainda maior, porém gritos de repúdio começaram a polarizar o pátio da escola”, relataram por e-mail os jornalistas.

"Certamente, a maioria esmagadora das pessoas que estavam na escola eram bolivianas. O grosso dos estrangeiros eram jornalistas que chegaram para cobrir as eleições", acrescentam. “Nos chamou a atenção as palavras ríspidas utilizadas pelos anti-proceso de cambio (contra o processo de mudanças) e fomos entrevistá-los. Xenofobia, homofobia, racismo e preconceito de classe. Tudo em menos de três minutos. Essa é a caricatura da direita”, conclui Vinícius.

Os opositores de Evo ainda defenderam Manfred Reyes Villa e seu vice-candidato derrotado, Leopoldo Fernandez, que está preso e é um dos 157 acusados pelo Massacre de Porvenir, em Pando (Bolívia), ocorrido em setembro de 2008. O Massacre deixou 13 pessoas mortas e 47 feridas. O episódio ficou conhecido como uma tentativa de golpe de Estado cívico-prefeitural.

O vídeo exclusivo é resultado da parceria da TV Vermelho com o Brasil de Fato e a Prensa de Frente.