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Sindicatos param Grécia contra confisco de salários

Os servidores públicos da Grécia anunciaram que a greve nacional de um dia convocada para esta terça-feira é um ato contra sacrifícios "injustificados e ineficientes" pedidos pelo governo.

Semana passada, atendendo a determinação do FMI, o governo local avisou que vai congelar salários da categoria, sob alegação de pretender reduzir o déficit fiscal de dois dígitos do país, provocado pela bilionária ajuda aos bancos, justamente os responsáveis por empurrarem o país para a recessão e elevando a dívida da Grécia acima de 294 bilhões de euros.

"Estamos cientes da difícil situação econômica, mas mirar nos rendimentos dos empregados e dos pensionistas é uma saída fácil", criticou o presidente do sindicato dos servidores públicos Adedy, Spyros Papaspyros.

O governo neoliberal grego pretende confiscar cerca de 1 bilhão de euros este ano em benefícios e redução dos custos operacionais do setor público.

Papaspyros afirmou que o plano prevê cortes entre 5% a 20% no salário dos servidores. O sindicato ligado ao governo defende que comerciantes e as indústrias também participem do sacrifício.

O sindicato governista convocou cerca de 300 mil membros para participar de manifestação, nesta terça-feira, em Atenas. Os trabalhadores sindicalizados comunistas farão manifestação separada.

As viagens aéreas pela Grécia devem ser interrompidas, com a adesão dos controladores de vôos à greve geral.

Fonte: Monitor Mercantil