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Membros do Greenpeace japonês presos por 'roubar' carne de baleia

Dois ativistas japoneses do Greenpeace se declararam inocentes no início do julgamento ao qual são submetidos em Aomori (nordeste do Japão) por roubo de carne de baleia. O fato ocorreu em abril de 2008: Junichi Sato, coordenador do Greenpeace Japão, e Toru Suzuki se apoderaram de uma caixa com 23 quilos de carne do animal, caçado pelo baleeiro Nissin Maru. O Japão é o único país desenvolvido que ainda consome a carne do cetáceo, ameaçado de extinção após três séculos de caça predatória.

A carne, que foi avaliada em 59 mil ienes (R$ 1.200), estava em um armazém da companhia transportadora Seino Transportation em Aomori e, segundo os fiscais, ia ser enviada à tripulação do Nissin Maru "como presente".

O Greenpeace pretendia demonstrar que essa carne de baleia, que teoricamente é caçada pelos navios japoneses com objetivos científicos, é muitas vezes utilizada para o consumo.

Durante a primeira audiência de seu julgamento em Aomori, Sato se declarou inocente das acusações de roubo. "Foi uma tentativa de fazer pública a venda ilegal de carne de baleia. A carne não foi obtida para consumo privado nem para a revenda", indicou Sato, de 33 anos.

Sato e Suzuki garantem que atuaram dessa forma com o objetivo de acusar 12 tripulantes do baleeiro Nissin Maru de contrabando de carne de baleia, após a campanha de caça dos animais no Oceano Antártico, patrocinada pelo governo japonês.

O Greenpeace assegura que "Os dois de Tóquio", como chama seus ativistas, foram mantidos sob custódia policial durante 23 dias após serem detidos e denuncia que eles podem ser condenados a até 10 anos de prisão.

Da redação, com agências