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Congresso do PT lança Dilma pré-candidata ao Planalto

O PT lançou neste sábado a pré-candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à sucessão presidencial, durante o encerramento do 4º Congresso Nacional do partido. O prestigiado ato político contou com a presença do presidente Lula, teve início às 10 horas deste sábado (20/2) e pode ser acompanhado ao vivo pela página do PT. A convenção que oficializará a candidatura será em junho. Em breve, no Vermelho, matéria sobre o discurso de Dilma no ato político do congresso do PT.

- Portal IG / Congresso em foco

Após a calorosa recepção dada à ministra, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva brincou: "foi me dada uma tarefa extremamente difícil que é convencer vocês a votar na companheira Dilma. Pelo que vi hoje, esta tarefa é desnecessária". Em seguida, o presidente Lula completou: "vamos eleger a primeira mulher presidente da República Federativa do Brasil".

O presidente lembrou a participação de Dilma na luta armada para defender a democracia e queixou-se do preconceito que a ministra enfrenta. "O maior preconceito contra a companheira Dilma não é pelos seus defeitos, mas pelas qualidades. Em primeiro lugar, pelo fato de ser mulher", declarou.

O novo presidente do PT, José Eduardo Dutra, esclareceu, na abertura da solenidade, que a ministra ainda não está em campanha, já com receio de o partido enfrentar uma enxurrada de representações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por propaganda antecipada.

Para o assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, coordenador de campanha de Dilma, o dia de hoje é emblemático. "É o primeiro passo rumo à vitória", destacou.

Temer decide participar da solenidade

O presidente do PMDB, Michel Temer (PMDB), que até a noite de sexta-feira (19/2) não sabia se compareceria ou não ao congresso do PT, também participa da solenidade. Na véspera,  houve debate sobre alianças e sobre o papel do PMDB neste processo. A proposta de eleger este partido como aliado "preferencial" não chegou a ser aprovada. O presidente Lula, em seu discurso, defendeu uma política de alianças ampla. 

Entre os convidados na primeira fila, estão integrantes da delegação da Venezuela, como Rodrigo Cabeza e Maximilien Arvelaiz, assessor de Relações Internacionais do presidente Hugo Chávez, que veio ao Brasil especialmente para o ato de lançamento da pré-candidatura de Dilma, representando o Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV), o que simboliza a importância das eleições 2010 no Brasil para outros países da América Latina, devido ao papel de liderança que o Brasil cumpre hoje no continente.

Na véspera, o PT aprovou o texto final das propostas do PT às diretrizes do programa de governo de Dilma, com propostas avançadas, que desde já são taxadas de "esquerdistas e radicais" por veículos como o jornal O Globo deste sábado (20/2) que estampa o termo "programa radical" em referência ao programa aprovado pelo PT na capa do jornal. 

E não é à tôa que os grandes oligopólios da comunicação criticam a plataforma aprovada. Além do texto defender medidas que questionam o poder econômico estabelecido, como a taxação das grandes fortunas, o fim da criminalização de movimentos como o MST e a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, a proposta traz ainda a necessidade de se implementar no Brasil ações de democratização da comunicação, combatendo estes mesmos oligopólios.

Acompanhe, em breve, pelo Vermelho, novidades sobre oo lançamento da pré-candidatura de Dilma à sucessão presidencial e o discurso da Ministra durante o ato político no congresso do PT.

Do Rio de Janeiro, Luana Bonone, com informações d'O Globo Online