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Começam as plenárias estaduais da CMS rumo ao 31 de maio

A primeira plenária estadual da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) com o objetivo de mobilizar a Assembleia Nacional dos Movimentos Sociais será em Minas Gerais, em 26 de março, e a data limite para a realização de plenárias estaduais é 18 de abril. A Assembleia Nacional dos Movimentos Sociais será em 31 de maio em São Paulo, conforme definição das plenárias dos movimentos sociais ocorridas durante as atividades do Fórum Social Mundial (FSM) de 2010 realizadas no Brasil.

A reunião da operativa da CMS desta sexta-feira (26/2) reforçou a convocação da Assembleia Nacional dos Movimentos Sociais em 31 de maio e pautou ações no sentido de fortalecer a atividade. A reunião também repassou as alterações feitas no Projeto Brasil, atualizado durante plenária dos movimentos sociais ocorrida nas atividades do Fórum Social Mundial em Porto Alegre (RS) e em Salvador (BA).

Resolvida a atualização do documento, a reunião, coordenada pela representante da União Brasileira de Mulheres (UBM) Lúcia Stumpf e pelo representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT) Antônio Carlos Spis, dedicou-se ao que foi o seu principal ponto de pauta: a preparação política para a Assembleia Nacional dos Movimentos Sociais, em 31 de maio, em São Paulo (SP).

A operativa da CMS definiu a data limite de 18 de abril para realização de plenárias estaduais e indicação de representantes da CMS de cada estado para a plenária nacional de organização da Assembleia dos Movimentos Sociais. Esta plenária ficou marcada para 24 de abril, com indicativo de realização no Rio de Janeiro (RJ), e outras articulações de movimentos e entidades serão convocadas a construir em conjunto, como a Assembleia Popular (AP).

Para Spis, o desafio do processo a ser desenvolvido a partir da Assembleia de 31 de maio é elevar o nível do debate político-eleitoral no Brasil. "A CMS garantirá, no processo eleitoral, que o debate chegue à população. A grande mídia despolitiza o processo eleitoral e tenta traduzi-lo como uma simples disputa entre duas candidaturas, geralmente uma de esquerda e uma de direita. A CMS quer debater projeto de nação e, assim, promover uma reflexão sobre as eleições e ajudar a população a se posicionar”, defendeu o sindicalista

Comitês Populares

Para Lúcia, além de debater o projeto político para o país, o desafio dos movimentos em 2010 é organizar “comitês populares que tenham atuação consistente, a fim de eleger parlamentares e governantes que efetivamente atendam às reivindicações e encaminhem projetos de acordo com os interesses e demandas do povo”. Para a representante da UBM, a depender do papel que esses comitês jogarem no processo eleitoral, podem gerar “novos espaços de organização da sociedade na luta por mais direitos, pela implementação de políticas públicas e até de pressão por questões mais locais e específicas”.

O consenso da reunião, entretanto, é que a agenda de lutas do semestre deve acumular mobilização e aprofundar o debate para que a atividade de 31 de maio, que deve reunir pelo menos 5 mil ativistas de todo o país. Para tanto, já estão sendo organizadas diversas ações de rua, começando por segunda-feira (1/3), quando movimentos pela democratização da comunicação reúnem-se para o ato Fórum de Rua pela Democracia e Liberdade de Expressão – contra a criminalização dos movimentos sociais, organizado em São Paulo.

A partir do dia 8 de março, atividades por todo o país celebram os 100 anos do Dia Internacional da Mulher com diversas mobilizações já marcadas e ao fim do mês (22 a 26/3) ocorre a Jornada de Lutas do Movimento Estudantil, organizada pela União Nacional dos Estudantes (UNE), pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e pela Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG). Em abril é a vez da Confederação Nacional de Associações de Moradores (Conam) realizar sua jornada e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realiza o “Abril Vermelho”.

A próxima reunião da operativa da CMS nacional ocorrerá no mesmo dia da plenária de MG, em 26 de março, e será na sede do SindPetro, localizado à avenida 9 de Julho, número 160, andar 2E, no centro de São Paulo (SP).

De São Paulo, Luana Bonone