Professores da rede municipal de Salvador encerram paralisação

Em assembleia manhã desta terça-feira (2/3) no Ginásio de Esportes do Sindicato dos Bancários, nos Aflitos, os professores da rede municipal de ensino de Salvador decidiram voltar ao trabalho nesta quarta-feira, após 23 dias de paralisação. Os educadores reivindicam a implantação de um plano de saúde para categoria, que está sendo discutido pela Câmara de Vereadores.

“Nós decidimos pelo fim da greve, mas vamos manter a mobilização para garantir que o plano de saúde dos servidores seja votado pela Câmara em regime de urgência urgentíssimo. Assim a tramitação será mais rápida”, afirma a vice-coordenadora da Associação dos Professores Licenciados da Bahia (APLB Sindicato), Marilene Betros.

Os professores pretendem ainda acompanhar todas as sessões da Câmara Municipal em que o projeto esteja na pauta. A primeira discussão aconteceu nesta terça (2/3), quando os vereadores perceberam que a mensagem enviada pelo Executivo Municipal não determinava os valores de contribuição dos professores e a contrapartida da Prefeitura no custeio do plano. Assim, a apreciação do projeto foi adiada para amanhã, quarta-feira.

Apesar de concordar que sem estes dados é impossível aprovar o projeto, a APLB já informou que muitos professores estarão novamente na Câmara amanhã, para cobrar o debate e a celeridade na votação da matéria. Segundo o coordenador-geral da APLB , Rui Oliveira, também nesta quarta-feira uma comissão do sindicato irá se encontrar com líderes políticos da Câmara para solicitar urgência no processo de discussão e votação do projeto de implantação da assistência médica enviado pelo Executivo municipal.

Há seis anos os servidores municipais da educação reivindicam um plano de saúde. Apesar das negociações, a Prefeitura vem enrolando os trabalhadores com promessas que nunca foram cumpridas. Desde o ano passado a categoria começou a pensar em paralisar as atividades, o que aconteceu no último dia 8 de fevereiro, data marcada para o início do ano letivo na rede municipal. Após o início da greve, o projeto do plano de saúde foi enviado à Câmara de Vereadores na última sexta-feira (26/3), com o compromisso de ser avaliado e votado nos próximos dias.

De Salvador,
Eliane Costa