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Tailandeses preparam marcha de 1 milhão contra governo

Trabalhadores e estudantes da Tailândia começaram a se reunir nesta sexta-feira (12) em Bangcoc como preparativo para a "marcha do milhão" que prometem realizar nos próximos dias, a fim de pressionar o governo a convocar eleições.


Manifestantes antigoverno chegam a encontro em Bangcoc

Cerca de 40 mil soldados e policiais se espalharam pela cidade, enquanto milhares de pessoas com camisas vermelhas, partidários do primeiro-ministro deposto Thaksin Shinawatra, começavam a se aglomerar para um dos maiores protestos já ocorridos contra o premiê Abhisit Vejjajiva.

Em cinco pontos de Bangcoc, os manifestantes se reuniam sob o forte sol da tarde para ouvir dirigentes da Frente Unida pela Democracia Contra a Ditadura que discursavam em caminhões.

"Estamos pedindo a devolução do poder ao povo. Que ele decida o destino deste país", disse Veera Muksikapong, um dos líderes dos "camisas vermelhas", sob aplausos.

Mas a turbulência política não abalou os mercados financeiros. Muitos investidores e analistas sintonizados com a direita no poder duvidam que os protestos, mesmo que eventualmente violentos, derrubem o governo, que tem apoio da cúpula militar e das elites urbanas.

Os manifestantes voltam a se reagrupar no domingo (14), quando prometem levar centenas de milhares de pessoas das províncias para as ruas de Bangcoc. Os organizadores dizem que a manifestação durará pelo menos sete dias.

Muitas empresas e escolas não funcionaram na sexta-feira na capital. Algumas companhias autorizaram seus empregados a trabalharem de casa.

Em 2008, outro grupo tentou derrubar o governo de Thaksin, ocupando por três meses a sede do governo e interditando por oito dias o aeroporto internacional da capital. A Frente Unida pela Democracia promete não usar esses métodos.

Com informações da Reuters