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Brasil ajudará a receber reféns das Farc nos próximos dias

O Brasil vai auxiliar no resgate de dois militares colombianos mantidos reféns pelas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), em operação prevista para os próximos dias. Dois helicópteros militares brasileiros já estão em território colo Colômbia, à espera de uma indicação da comissão que medeia as libertações sobre o local do resgate do sargento Pablo Emilio Moncayo e do soldado Daniel Calvo.

"Neste momento, os helicópteros estão em um local perto da fronteira com o Brasil", afirmou o alto comissário da Colômbia para a Paz, Frank Pearl, em comunicado. Ele disse que o governo colombiano espera uma informação da “área precisa” onde os reféns serão entregues. O local deve ser indicado pelas Farc com a mediação da senadora Piedad Córdoba e do Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

"Assim que tivermos essa informação, os helicópteros devem demorar entre 24 e 36 horas para chegar a um dos aeroportos e, a partir daí, dar início à operação", acrescentou Pearl.

Daniel Calvo, prisioneiro desde abril de 2009, seria o primeiro a ser liberado, por estar doente. Emilio Moncayo -um dos reféns há mais tempo em poder das Farc, desde 1997- seria solto um dia depois. Também está previsto o traslado do corpo do major Julián Ernesto Guevara, morto em cativeiro em 2006.

No início do último ano, a FAB (Força Aérea Brasileira) também colaborou com apoio logístico em uma operação semelhante. Na época, foram soltos seis sequestrados. O comissário confirmou que a missão será integrada pelo comandante brasileiro da aeronave, dois delegados da Cruz Vermelha, pela senadora e por um representante da Igreja Católica. 

A entrega dos reféns foi um gesto unilateral das Farc, anunciado há quase um ano. Em declarações à rádio colombiana RCN, Pearl disse que as libertações se dariam em duas fases, com uma diferença de 24 horas entre cada.

O comandante das forças armadas da Colômbia, general Freddy Padilla, pediu à Cruz Vermelha que solicite "uma área razoável" que não supere os 30 quilômetros quadrados de extensão para a libertação. Além disso, ofereceu uma aeronave da força aérea para apoiar a operação.

Com agências