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EUA: Marcha pela América defende direitos de imigrantes

Dezenas de milhares de pessoas procedentes de todo os Estados Unidos se manifestaram neste domingo (21) diante do Capitólio, em Washington, reivindicando as promessas feitas por Obama em campanha, quando prometeu reformar as leis de imigração do país.

Milhares de manifestantes protestaram no parque National Mall, nas cercanias do Capitólio, em Washington, contra a exclusão de cerca de 11 milhões de imigrantes sem documentos da reforma da saúde votada pelo Congresso e a favor de uma nova lei de imigração, que contemple os imigrantes sem documentos que trabalham nos Estados Unidos.

Segundo entidades de defesa dos direitos de imigrantes, mais de 150 mil manifestantes marcharam nas ruas durante toda a tarde de domingo, enquanto se debatia a reforma da saúde.

O presidente Barack Obama chegou a enviar uma mensagem de vídeo, exibida em telões instalados ao longo do National Mall, prometendo aos manifestantes que a reforma das leis de imigração seria um segundo passo nas mudanças previstas pelo seu governo.

"Sempre prometi a vocês que seria um aliado na luta para regular nosso sistema de imigração, hoje com tantas falhas, e este é um compromisso que quero reiterar", disse Obama.

"Ninguém conhece melhor do que vocês o alto preço na inércia de Washington. A reforma da imigração é crucial para que este país tenha segurança e prosperidade. Precisamos solidificar a nossa economia e criar empregos contando com leis de imigração que funcionem e não com o sistema quebrado que temos hoje", prometeu.

Os manifestantes, que chamavam a passeata de "Marcha pela América", pediam uma "via de legalização para milhões de imigrantes ilegais".

"Nós queremos uma ampla reforma das leis de imigração. Queremos um caminho para legalizar os trabalhadores que já estão nos EUA dando a eles o green card, que permite a entrada no mercado de trabalho legal", explica Ali Noorami, presidente do National Immigration Forum, coalizão de organizações de defesa de imigrantes que organizou a manifestação.

"Queremos também que a legalização permita que aqueles que têm emprego possam trazer suas famílias para viver aqui e que impeça a exploração da mão-de-obra que existe hoje, com pagamentos de salários incrivelmente inferiores e exclusão dos benefícios básicos que protegem os trabalhadores americanos", agregou Noorami.

As manifestações acontecem três anos depois de outros eventos semelhantes por todo o país para reivindicar uma reforma que foi negada pelo Congresso, à época dominado pelos republicanos.

Da redação, com agências