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Insulza é reeleito secretário-geral da OEA

José Miguel Insulza foi reeleito por aclamação, nesta quarta-feira (24), como secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), para um novo período de cinco anos. A decisão era esperada já que Insulza era candidato único e contava com apoio declarado da ampla maioria dos 33 Estados plenos da OEA.

O político chileno de 66 anos de idade, que iniciou sua gestão na OEA em maio de 2005, assumirá seu novo mandato em 26 de maio próximo."Continuaremos lutando para defender a democracia representativa que conquistamos com tanto esforço", declarou Insulza no primeiro discurso após sua reeleição.

Insulza também defendeu mais flexibilidade para a organização, com o objetivo de enfrentar com mais eficácia crises como enfrentada durante o golpe em Honduras, que no ano passado motivou críticas duras a respeito da relevância da OEA.

Antes de ser eleito, as delegações de Venezuela, Bolívia e Nicarágua afirmaram que apoiavam Insulza, mas com condições.

A ministra boliviana da Transparência Institucional, Nardy Suxo, declarou que seu país "se absteria de emitir seu voto", mas em "reconhecimento à gestão" de Insulza, não se opôs a que ele fosse eleito por aclamação.

O representante da Venezuela, Roy Chaderton, declarou que a OEA pode estar ficando "irrelevante" por não ouvir as opiniões de "democracias dissidentes", e o nicaraguense Denis Moncada pediu que a organização deixe de ser um "instrumento do império".

O chanceler chileno, Alfredo Moreno, pediu que todos trabalhassem "sem parar por uma instituição mais relevante" e que fizessem um esforço para revitalizá-la nessa nova etapa.

Marcas do primeiro mandato

Em seu primeiro mandato, Insulza teve que enfrentar a crise de Honduras, que expôs a incapacidade da OEA na mediação de problemas no continente. Foi também durante a gestão Insulza, que a entidade readmitiu Cuba, revogando a expulsão da ilha comunista realizada em 1962 por pressão dos Estados Unidos, no cenário da Guerra Fria.

A decisão, tomada na 39ª Assembleia Geral da organização, no ano passado, foi considerada “histórica” pelos chanceleres presentes. O governo cubano agradeceu a manifestação de apoio dos governos latino-americanos, mas até hoje não quis voltar à condição de membro pleno da OEA, alegando que não deseja participar de um grupo dominado por Washington e que a entidade está superada.

Com agências