Sena diz que Amazônia precisa de mais intelectuais
“Sabemos do que a Amazônia precisa. Um dos grandes gargalos é a falta de capital intelectual. Não há outra forma de tirar proveito das riquezas da região se não for por meio da geração de conhecimento”. A declaração é do diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), Odenildo Sena, durante a 2ª Conferência Regional Norte de Ciência, Tecnologia e Inovação, que ocorre em Belém (PA).
Publicado 24/03/2010 14:08 | Editado 04/03/2020 16:12
De acordo com Sena, o problema da falta de ressonância ocorre porque não há compreensão do brasileiro sobre o que representa a Amazônia. Ele explicou que falta compreensão, sensibilidade e ações políticas, como as que criaram a Universidade de Campinas (Unicamp) e o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA). “O resto do Brasil já pagou caro pelo crescimento de Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro”, frisou.
Durante a conferência, Sena apresentou os resultados dos investimentos feitos pelo Governo do Estado, por meio da Fapeam, na formação de recursos humanos, em infra-estrutura para laboratórios e em grupos de pesquisa. Claro que, segundo ele, muito já foi feito, mas é pouco para o que a Amazônia precisa. “De 2003 a 2009, o Amazonas investiu mais de R$ 198 milhões em ciência.
Desse total, as instituições mais beneficiadas foram o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa, com R$ 53,27 milhões), a Universidade Federal do Amazonas (Ufam, com R$ 48,5 milhões) e a Universidade do Estado do Amazonas (UEA, com R$ 25,5 milhões)”, informou e acrescentou que a região está vivendo um momento diferente, todavia, é indiscutível dizer que a ainda carece de recursos.
Fonte: Agecom