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Bolívia nega respaldo a Insulza na OEA

Diários bolivianos refletem hoje a postura da nação andina ao não respaldar a reeleição do chileno José Miguel Insulza, à frente da Organização de Estados Americanos (OEA).

Segundo o jornal No Dia, o próprio chanceler David Choquehuanca precisou que La Paz se absteve de emitir seu voto porque não tem relações diplomáticas com Santiago, devido a uma demanda marítima.

O diplomata recordou ademais que Bolívia também não apoiou a candidatura de Insulza nas eleições do organismo regional em 2005.

De acordo com o chanceler, a ministra de Luta contra a Corrupção, Nardy Suxo, foi a encarregada de explicar a véspera essa postura em Washington.

Bolívia e Chile não têm relações diplomáticas a nível de embaixadores desde 1962, como conseqüência da falta de resposta à exigência da saída ao Oceano pacífico, arrebatada por tropas chilenas na guerra de 1879-1884.

Por sua vez, Mariano Baptista Gumucio, ex-consul da Bolívia no Chile, disse ao diário de Santa Cruz, O Dever, que a posição boliviana é lógica.

Insulza sempre tem sido muito duro com a Bolívia e com a causa marítima nacional, afirmou.

Quando foi ministro de Relações Exteriores de Chile, durante o governo de Ricardo Lagos (2000-2005), Insulza resultou ser um dos homens mais recalcitrantes do vizinho país em relação ao enclaustramento marítimo, recordou.

Depois, desde sua posição na OEA, agregou, em seu primeiro período à frente do organismo interamericano, pôde buscar uma aproximação entre seu país e o nosso, coisa que não ocorreu.

É por isso que pode se dizer que a Bolívia não deve nada a Insulza porque seu trabalho na OEA não tem beneficiado ao país, reafirmou.

Prensa Latina