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Esquerda do Chile prepara manifesto de olho nas próximas eleições

A coalizão Concertação e o Pacto Juntos Podemos, além de ex-correligionários do ex-candidato independente Marco Enríquez-Ominami, pretendem lançar as bases de uma nova oposição ao governo de Sebastián Piñera, de olho nas próximas eleições à presidência no Chile, em 2013.

Eles trabalham na elaboração do manifesto "Novo Consenso Progressista", que pretende fixar critérios e se converter no primeiro passo para "uma nova expressão" capaz de competir com os conservadores.

À frente da iniciativa estão, entre outros, o ex-ministro e ex-parlamentar Carlos Ominami – pai adotivo de Marco e banido do Partido Socialista por aderir à campanha presidencial de seu filho.

Questionado pela agência de notícias italiana Ansa, Ominami não quis confirmar nem desmentir as informações publicadas neste domingo (11/4) no jornal chileno El Mercurio. O grupo já teria recebido documentos que buscam articular pontos de consenso entre as três candidaturas presidenciais derrotadas por Piñera em janeiro, quando o conservador foi eleito ao vencer o democrata-cristão Eduardo Frei.

O "Novo Consenso Progressista" pretenderia debater uma nova constituição para o Chile, abordar temas de importância, como um tratamento diferente para os recursos naturais, fortalecer os direitos dos trabalhadores, garantir uma educação pública de qualidade e promover um aumento gradual dos impostos sobre grandes empresas, entre outros temas.

Primeiro congresso

Paralelamente, os quatro partidos que formam a Concertação farão nesta segunda-feira (12/4) seu primeiro congresso após a derrota eleitoral, segundo o presidente do Partido Democrata-Cristão, Juan Carlos Latorre.

Outro partido que faz parte da coligação é o Partido Socialista, da ex-presidente Michelle Bachelet. De acordo com Latorre, especialistas das legendas trabalharam na elaboração de propostas para o encontro, ao qual comparecerão 350 dirigentes, entre eles os quatro últimos ex-presidentes do Chile (Bachelet, Frei, Ricardo Lagos e Patricio Aylwin), senadores, deputados e prefeitos.

Por outro lado, Michelle Bachelet anunciou que promoverá uma nova fundação, batizada de "Dialoga", para "convergir homens e mulheres da Concertação e independentes" como uma instância de "reflexão progressista com contribuições livres, além" da coalizão.

Em entrevista à imprensa local, a ex-presidente disse que "o motivo principal é abordar a reconstrução do Chile e também o Chile de amanhã".

Fonte: Opera Mundi