ONU: Paquistão poderia ter evitado assassinato de Benazir
Uma comissão de investigação da Organização das Nações Unidas descobriu que o governo paquistanês não protegeu a ex-primeira ministra do Paquistão, Benazir Bhutto, antes de seu assassinato em 2007, e depois não investigou devidamente sua morte.
Publicado 17/04/2010 12:41
Na quinta-feira (15), o presidente da comissão, o diplomata chileno Heraldo Muños, apresentou as descobertas da investigação de nove meses à ONU.
Vários funcionários do governo fracassaram rotundamente em seus esforços de, em primeiro lugar, proteger a senhora Bhutto e, em segundo lugar, investigar energicamente todos os responsáveis pelo seu assassinato, não somente a execução do ataque, mas também sua concepção, planejamento e financiamento", disse Muñoz.
O diplomata também afirmou que o governo paquistanês não protegeu Benazir tanto a nível federal como local.
O governo federal fracassou em sua responsabilidade primordial de dar uma proteção eficaz à senhora Bhutto em seu retorno ao Paquistão. O assassinato da senhora Bhutto poderia ter sido evitado se a polícia do distrito de Rawalpindi tivesse tomado medidas de segurança adequadas. Os preparativos de segurança para a senhora Bhutto, levados a cabo pela polícia desse distrito não foram efetivos e foram insuficientes", determinou.
A comissão investigadora da ONU também exorta o Paquistão para que realize sua própria investigação sobre a morte de Benazir.
Fonte: Democracy Now