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Circulação de jornais despenca 8,7% nos Estados Unidos

A circulação de jornais nos Estados Unidos continua a cair de forma abrupta, apesar de a velocidade de queda ter diminuído um pouco em relação aos últimos seis meses. Os dados divulgados pelo Bureau de Auditores de Circulação — que corresponde ao IVC brasileiro — mostram que a média de circulação caiu 8,7% nestes seis meses até o dia 31 de março, comparados com o mesmo período de um ano atrás. A circulação dominical caiu 6,5%.

Por Pedro de Oliveira

Mesmo assim os 25 maiores jornais americanos mostraram grandes perdas em circulação. Entre estes, o que mais perdeu leitores foi o The San Francisco Chronicle, com uma queda de 22,7% em média nos dias de semana. Dos 25, dez sofreram perdas de mais de 10%.

A circulação de jornais nos EUA vem sofrendo quedas constantes por vários anos, mas tiveram uma aceleração acentuada a partir de 2007, e aumentaram a velocidade de queda com a recessão provocada por esta última crise econômica e financeira.

Enquanto a internet é citada frequentemente como uma das causas desta linha descendente de circulação, é preciso verificar que parte desse resultado é fruto de uma diminuição consciente das empresas jornalísticas que focam seus interesses em camadas de leitores mais rentáveis, digamos assim, aumentando preços de assinaturas e diminuindo os descontos e promoções.

No ano passado a circulação do The New York Times caiu 5,1% aos domingos, para 1,4 milhão de exemplares, e verificou queda de 8,5% nos dias de semana, para 950 mil cópias. Já o The Los Angeles Times caiu 7,6% aos domingos e 14,7% durante a semana. O The Chicago Tribune teve uma queda de 7,5% aos domingos e 9,8% em média nos dias de semana.

Em comparação com um ano atrás, o The Wall Street Journal verificou um aumento de circulação de 0,5% — o único jornal entre os 25 mais importantes do país que apresentou um índice positivo na venda nos dias de semana, já que não possui edições dominicais.

Os números anunciados pelo The Wall Street Journal foram ajudados pelos assinantes pagos de sua edição eletrônica, no patamar de 414 mil, incluindo seu site e outros sistemas como o Kindle, que estão arrolados nestes últimos dados. A maioria dos jornais não cobra pela sua edição eletrônica, e seus leitores eventuais não são contabilizados nas estatísticas.

Com informações do The New York Times