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Inácio Arruda defende votação do Ficha Limpa no Senado

Líder do PCdoB no Senado, Inácio Arruda (CE) defendeu na Casa, nesta terça (18), a votação imediata do projeto Ficha Limpa que proíbe a candidatura de pessoas condenadas por um colegiado na Justiça (mais de um juiz). Ele também se posicionou a favor da entrada em pauta do reajuste de 7,7% dos salários do aposentados que ganham acima do mínimo.

Os projetos, que já foram aprovados na Câmara, precisam ser analisados pelo Senado antes de ir à sanção presidencial. No caso do Ficha Limpa, há interpretação de que se for sancionado até o dia 9, isto é, antes das convenções partidárias, as regras poderão valer nas eleições deste ano.

São matérias de grande apelo popular. O reajuste dos aposentados chegou ao Congresso por meio de Medida Provisória. Caso não seja votada até o dia 1º de junho perderá validade.

“O PCdoB, na questão do Ficha Limpa, não tem problema, porque seus candidatos já são ficha limpa. Então, não tem muita dificuldade em votar esse projeto. Votamos unanimemente na Câmara e não posso dizer unanimemente no Senado porque infelizmente o PCdoB só tem um senador”, brincou.

Ele diz que a bancada no Congresso travou uma boa discussão sobre o projeto e não vê empecilhos para votar. “ Quanto mais rigor na escolha dos candidatos pelos partidos, melhor para os municípios, estados e para o nosso país”, disse.

Posição mantida no Senado

Sobre o reajuste dos aposentados, Inácio destacou que o senador do PCdoB votará da mesma forma que os 12 deputados da bancada. “Não só porque são os aposentados, mas principalmente por uma questão de Justiça com esses trabalhadores que se dedicaram ao nosso país”, argumentou.

Na sua opinião o reajuste movimentará ainda mais a economia do país. “Esses recursos ficam no Brasil. Quando você aumenta os juros, uma boa parte dos que têm títulos do governo, que são corrigidos pela taxa selic, leva o recurso para o exterior”, lembrou.

“Esses títulos estão nas mãos de bancos e de investidores estrangeiros, que especulam com os títulos brasileiros. Então, eles ficam ganhando lá fora fábulas, montanhas. Montanhas as quais não conseguimos enxergar o seu topo. O dinheiro dos aposentados, majoritariamente, fica aqui.”

Segundo o senador, hoje é possível falar sobre recomposição dos salários dos aposentados ou do mínimo porque o país acertou o passo na economia. “Foi exatamente um trabalhador, um operário, que acertou o passo do Brasil. O país estava sendo desmontado. Serviço público, aposentado, operário, nada disso tinha valor. Agora tem. Tem valor porque tem emprego. Este mês, mais um recorde de geração de empregos no Brasil, e devemos chegar, só este ano, a 2,5 milhões de empregados com carteira assinada”, argumentou.

O senador afirmou que isso representa um êxito importante para o desenvolvimento do Brasil. “As nossas regiões estão se desenvolvendo. Começa haver um projeto mínimo de Brasil, um projeto nacional, um projeto do conjunto da nossa nação”, considerou.

De Brasília,
Iram Alfaia