Trabalhadores da Educação de Ribamar discutem PCCR

Com faixas, apitos e carro de som os trabalhadores partiram da Praça do Cruzeiro às 8h30, em direção à sede da prefeitura na beira-mar e por lá permaneceram até que o gestor os recebesse, por volta das 12 horas.

professores ribamar

Durante toda a manhã de quarta-feira (19), trabalhadores em educação de São José de Ribamar manifestaram-se contra a morosidade com que é tratada a política de constituição e aplicação do Plano de Cargos Carreiras e Remuneração (PCCR) pelo prefeito municipal Luis Fernando Silva.

Com faixas, apitos e carro de som os trabalhadores partiram da Praça do Cruzeiro às 8h30, em direção à sede da prefeitura na beira-mar e por lá permaneceram até que o gestor os recebesse, por volta das 12 horas.

Centenas de educadores participaram da mobilização que teve início há meses e somente esta semana tomou corpo, uma vez que o grupo de trabalhadores exige agilidade no processo que se arrasta desde o início de 2009. De acordo com a organização do evento, desde esta data várias reuniões já aconteceram sem que se avançassem nas negociações que envolvem pontos primordiais para a qualidade de trabalho da categoria
Promoção, progressão, interstício, redução de carga horária a partir de 20 anos de trabalho, avaliação de desempenho, avaliação por mérito, difícil acesso e curso de 760 horas oferecido por outras instituições, além do que é oferecido pela prefeitura, compilam a pauta de reivindicações dos trabalhadores daquele município.

Segundo Ilza Maria Moraes, coordenadora do Núcleo de São José de Ribamar e integrante do Conselho Fiscal do SINPROESEMMA estadual, o prefeito durante todo o período de mobilização tem alegado a falta de dinheiro para atender às exigências.

Ela acrescenta ainda que Luis Fernando tem acompanhado todo o processo, mas as negociações não têm avançado. “O prefeito afirma não haver orçamento pra cobrir todas as despesas que ora reivindicamos”, disse ela, lembrando que durante a campanha o mesmo prefeito propôs todas as melhorias para os trabalhadores. “O que não vem sendo cumprido”.

Presente na manifestação, a diretora da Secretaria Geral do SINPROESEMMA, Janice Nery, em discurso em frente à prefeitura destacou a luta dos educadores de todo o Brasil pela implantação do piso salarial nacional. Se referindo à situação vigente, ela disse não se fazer necessário apenas conversar. Para a diretora é fundamental que os gestores se apresentem no debate para estabelecer agenda de discussão e encaminhamento.

“Precisamos continuar lutando pela melhoria da qualidade salarial e de trabalho. Ainda não se conquistou o valor e as condições que almejamos. Esta discussão vai muito além do piso, esta política se constrói com discussões entre gestores e trabalhadores. Então vamos continuar lutando”, conclamou ela.

Ainda durante o ato de manifestação dos educadores, o prefeito Luis Fernando esteve com o grupo, quando prometeu analisar todos os pontos divergentes e marcar cronograma de reunião com comissão específica e encaminhar suas resoluções dentro das condições que a máquina administrativa oferece.

Se dizendo parceiro da categoria, Silva afirmou valorizar o educador. Elogiou a coragem dos manifestantes e destacou a importância das reivindicações. Em reunião no seu gabinete com comissão do SINPROESEMMA, o gestor de Ribamar garantiu atender aos pedidos em no máximo 45 dias e estabeleceu cronograma de reuniões até o fechamento dos pontos mais críticos.

”Os professores tem direito de reivindicar. Somos parceiros dos trabalhadores em educação, portanto vamos discutir de forma democrática todas as necessidades ora debatidas e exigidas por eles”, prometeu, quando solicitou da coordenação a suspensão do movimento e paralisação das atividades. Na oportunidade ficou estabelecida a reposição das aulas durante dois sábados consecutivos (29 de maio e 5 de junho).

Fonte: Sinproessemma