Professores do município continuam em greve

Na manhã de ontem, a categoria realizou um protesto em frente à Prefeitura Municipal de São Luís a fim de chamar a atenção do gestor municipal para as reivindicações da categoria.

Os professores da rede municipal continuam em greve. Na manhã de ontem, a categoria realizou um protesto em frente à Prefeitura Municipal de São Luís a fim de chamar a atenção do gestor municipal para as reivindicações da categoria e a insatisfação com o percentual de 8% de reajuste salarial, anunciado na quarta-feira, 19, pela secretária de Educação, Sueli Tonial.

Segundo Lindalva Batista, presidente do Sindicato dos Professores do Município de São Luís (Sindeducação), o valor oferecido é muito abaixo do que a categoria almeja e, portanto, é uma afronta ao trabalho exercido pela classe. Ela explicou que tem 15 itens na pauta de reivindicação e que o reajuste salarial solicitado foi de 27,5% embasado no aumento do Fundeb. "Nossa greve é por tempo indeterminado e não vamos baixar a cabeça para as intimidações de alguns diretores. O movimento é forte e a classe é resistente, por isso, vamos continuar unidos em nossa luta, afinal agregamos aproximadamente seis mil trabalhadores em educação. E vamos manter a porta da prefeitura como a nossa base, vamos ficar permanentemente por aqui", declarou.

Na quarta-feira, 19, a secretária Sueli Tonial compareceu ao plenário da Câmara Municipal de São Luís, atendendo a convite dos vereadores da Casa, onde apresentou a Política de Educação da gestão João Castelo aos parlamentares e anunciou uma proposta de reajuste de 8% para os profissionais do magistério da rede municipal de ensino e reafirmou que a Prefeitura da capital está sempre aberta ao diálogo. "O piso salarial dos professores do município é um dos maiores do país, deixando para trás cidades como Curitiba, tida como referência para as demais capitais brasileiras, onde o piso de nível superior inicial é de R$ 1.096,01. Em relação às outras capitais, estamos atrás apenas de Brasília e de São Paulo", frisou Sueli Tonial.

A secretária lembrou que, no ano passado, o prefeito já havia concedeu um reajuste de 8%, diferenciado em relação aos demais servidores, além de ter convocado professores do último concurso e ter prorrogado, por mais um ano, a validade do mesmo. Sueli citou a implantação, em 2009, de 1.378 progressões e a garantia da formação continuada em serviço. "As outras progressões, a pedido do Sindicato, estão sendo revisadas e nós as encaminharemos", pontuou.

Fonte: Jully Camilo – Jornal Pequeno