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América Latina: alta da inflação piora previsão de crescimento 

O aumento generalizado do temor em relação à inflação na América Latina fez com que a expectativa de crescimento econômico da região registrasse piora em relação a janeiro, de acordo com a coordenadora da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Lia Valls.

O índice de clima econômico na América Latina teve o mesmo resultado de janeiro, de 5,6 pontos, mas houve uma mudança em sua composição: a avaliação da situação atual na região melhorou, passando de 4 para 4,7 pontos, enquanto o índice de expectativa caiu de 7,1 para 6,4 pontos.

A América Latina ainda está em fase de recuperação econômica após a crise internacional. "A expectativa talvez tenha caído pela influência da preocupação com a inflação, o que causa a idéia de que os governos podem adotar medidas de retração de demanda", disse Lia.

Da pesquisa realizada em janeiro para a de abril, divulgada hoje, a expectativa de inflação no Brasil passou de 4,5% para 5,3% ao ano. Na Argentina, passou de 19% para 25%, e ano Chile subiu de 2,6% para 3,3%.

Com isso, os analistas entrevistados esperam que o crescimento real do PIB brasileiro seja de 5,4%, seguido por Chile (4,1%) e Argentina (3,9%).

Deve ser ressaltado, porém, que a sondagem foi realizada antes do agravamento da situação na Grécia e seus reflexos nos mercados financeiros internacionais, fato que exigiu o anúncio do pacote de auxílio ao país. De qualquer forma, Lia não acredita que a América Latina venha a ser muito afetada pela crise fiscal na Europa.

Na Venezuela, na Argentina e no Equador, a avaliação da situação atual é considerada ruim e acredita-se que ainda pode piorar. No Chile e no Peru, também espera-se piora, apesar de a avaliação atual ser boa. Já no México, a situação momentânea é ruim, mas acredita-se que pode ser melhorada.

Fonte: O Globo, com informações do Valor Econômico