Manaus e Boa Vista devem está no projeto-piloto do PNBL

O presidente da Telebrás, Rogério Santanna, disse que não medirá esforços para incluir Manaus (AM) e Boa Vista (RR) entre as 100 cidades que farão parte este ano do projeto-piloto de implantação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Após o lançamento do PNBL, Santanna havia anunciado que só seriam contemplados nessa primeira fase os municípios do Nordeste e Sudeste, além de Brasília e Goiânia.

A inclusão de cidades do Norte foi uma reivindicação apresentada pela deputada Vanessa Grazziotin (PCdoB). Ela, que foi recebida em audiência, na última quarta (19), pelo novo presidente da Telebrás, ponderou que o governo deveria atacar o problema em locais onde a situação é mais crítica.

O presidente da Telebrás explicou à deputada que o maior problema da empresa é a falta de recursos. Além da máquina administrativa que precisa ainda ser montada, a Telebrás só possui R$ 280 milhões para realizar investimentos este ano. Por isso, ele privilegiou as cidades onde já existe infra-estrutura que possibilitem a implantação do PNBL.

Como forma de resolver o problema das duas capitais, Rogério Santanna informou que vai abrir negociação com a operadora Oi que é dona de uma rede de fibra ótica saindo de Boa Vista até Manaus pela BR-174.

“Nós possuímos a fibra ótica de Boa Vista até a Venezuela. Vamos propor uma troca com eles. Ou seja, eles precisam do nosso trecho e nós do deles, assim levaremos banda larga às duas capitais. Não posso dizer que isso dará certo, mas prometo me empenhar nas negociações”, disse o presidente da Telebrás.

No caso do Amazonas, a deputada lembrou que a população paga para as operadoras, por um serviço de má qualidade, um preço exorbitante em relação ao restante do país. Segundo algumas estimavas o preço chega a R$ 200 pela velocidade de 1 Mbps por segundo.

Por conta de uma denuncia feita pela parlamentar em 2008, ainda em análise na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o preço do pacote de 1 Mbps de acesso à internet no Amazonas custava quase 1.000% a mais do que no Rio de Janeiro.

“O preço no Amazonas é no mínimo dez vezes mais do que no restante do país. É uma internet das mais caras do mundo”, concordou Rogério Santanna. Na opinião dele, é inadmissível que Manaus, onde se concentra o maior parque eletroeletrônico da América Latina, a situação da comunicação esteja nesse nível.

Fonte: Assessoria de imprensa da deputada federal Vanessa Grazziotin (PCdoB/AM)