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PCdoB reafirma apoio a Dino e defende Aldo contra o Greenpeace

Em reunião de seu Comitê Central encerrada neste domingo (23), o Comitê Central do PCdoB aprovou notas em apoio a dois de seus deputados federais — o pré-candidato ao governo do Maranhão, Flávio Dino, e o relator do Código Florestal na Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (SP). Enquanto Dino recebe pressões para abdicar sua candidatura em favor de Roseana Sarney (PMDB), Aldo é vítima de uma campanha nefasta orquestrada pelo Greenpeace.

“O PCdoB manifesta mais uma vez pleno apoio ao trabalho de consolidação da candidatura de Flávio Dino para governador do Maranhão. Trata-se de um projeto de renovação da política maranhense, vinculado aos propósitos de desenvolvimento com distribuição de renda que nacionalmente Lula e Dilma representam”, afirma a nota “PCdoB reitera projeto de governar o Maranhão”.

Já Aldo recebeu apoio do partido diante “das calúnias de entidade estrangeira”. Segundo a nota, o Greenpeace “abandonou o campo das ideias e passou a realizar uma campanha caluniosa contra o trabalho desenvolvido pelo deputado”. O PCdoB também acusa a ONG de querer “bloquear o uso dos recursos naturais” e, assim, “impedir que a Nação usufrua de suas riquezas”.

Confira abaixo a íntegra da notas.

Leia também as demais resoluções:
Para PCdoB acordo com Irã é vitória antiimperialista
Nos 25 anos de legalidade, PCdoB luta pelo avanço da democracia
PCdoB reitera projeto de governar o Maranhão

O PCdoB manifesta mais uma vez pleno apoio ao trabalho de consolidação da candidatura de Flávio Dino para governador do Maranhão. Trata-se de um projeto de renovação da política maranhense, vinculado aos propósitos de desenvolvimento com distribuição de renda que nacionalmente LULA e DILMA representam.

Saudamos a decisão dos Encontros Estaduais realizados nos dias 27 de março e 21 de maio, quando os petistas maranhenses optaram pela aliança com o PCdoB, PSB e movimentos sociais, em total sintonia com as Resoluções Nacionais do PT. Lembramos, a propósito, que tal aliança (PT, PSB e PCdoB) já se verificou nas eleições estaduais de 2006, assim como nas eleições municipais de 2008 (PT-PCdoB).

Esta será a sexta eleição presidencial consecutiva em que PT e PCdoB estarão juntos. Temos certeza de que os companheiros do PT saberão valorizar essa história de respeito e solidariedade, existente nos momentos difíceis e naqueles de grandes êxitos.

A direção nacional do PCdoB considera que a candidatura de Flávio Dino, na medida em que congrega o campo democrático e popular do Maranhão, fortalece o nosso maior projeto: a eleição de Dilma à presidência da República.

São Paulo, 23 de maio de 2010

O Comitê Central do PCdoB

PCdoB defende deputado Aldo Rebelo das calúnias de entidade estrangeira

O Código Florestal Brasileiro em vigor é datado de 1965. Embora aprovado já no período da ditadura, sua elaboração teve início no governo democrático de Juscelino Kubistchek. Trata-se de uma lei de concepção avançada que buscou harmonizar o crescimento econômico com a proteção ambiental. Todavia, de lá para cá, ao Código foi juntado um emaranhado de normas, 90% delas sem aprovação do Legislativo. Disso resultou um impasse na produção agropecuária do país. Grande parte dela está na ilegalidade e, sobretudo, pequenos e médios produtores estão sendo prejudicados.

Para enfrentar este problema a Câmara dos Deputados criou, em setembro do ano passado, a Comissão Especial de Reforma do Código Florestal. Diversos parlamentares apresentaram projetos de lei com o intuito de renovar o Código vigente. Por indicação consensual de diversos partidos, o deputado federal Aldo Rebelo assumiu a relatoria dessa comissão.

Diante de matéria tão controversa, Aldo Rebelo promoveu um amplo debate no qual, de forma livre e democrática, a sociedade tomou a palavra. As diversas correntes de opinião, sem nenhuma discriminação, foram incentivadas a apresentar suas contribuições. Sessenta e quatro audiências públicas foram realizadas em vários estados. Centenas de lideranças e personalidades entre produtores, gestores públicos, pesquisadores, parlamentares, lideranças populares e ambientalistas ofereceram indicações valiosas.

Além do método democrático, Aldo fixou, como diretriz de seu trabalho, a ideia de que o novo Código deverá relacionar harmonicamente o desenvolvimento, a proteção do meio ambiente e a soberania nacional. A produção de alimentos é imperativa e pode sim, como diz o deputado, ser dinamizada sob a regência de um “projeto civilizatório ambientalmente equilibrado”. Na cadeia produtiva da agricultura e da pecuária deu atenção especial aos pequenos e médios produtores, já de antemão alertando que as distorções da teia de normas e leis estão aumentando ainda mais a concentração de terras.

Assunto permeado de dilemas é natural que provoque debate acalorado. Críticas, confrontos de pontos de vista são partes do processo da construção do melhor caminho. Todavia, na contramão do debate democrático, a organização não-governamental “Greenpeace” abandonou o campo das ideias e passou a realizar uma campanha caluniosa contra o trabalho desenvolvido pelo deputado Aldo Rebelo, tachando-o como inimigo do meio ambiente.

Esta entidade, sediada na Holanda, utiliza a causa ambiental em vários países. É contraditória em seu próprio nascedouro. Seus principais financiadores localizam-se nos países ricos, que destruíram totalmente suas florestas e agora querem impor a países como o Brasil a forma como devem tratar seus recursos naturais e sua política de desenvolvimento.

O “Greenpeace” – ao contrário da maioria das ONGs no geral bem intencionadas – se destaca como adversário da soberania energética do país e sob um escopo “santuarista” atua para bloquear o uso dos recursos naturais, isto é, para impedir que a Nação usufrua de suas riquezas. Nesse rumo, além de ser contra a adequação do Código Florestal à realidade, já promoveu campanhas contra a Usina Nuclear de Angra dos Reis e, nos dias de hoje, movimenta-se contra a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.

O Partido Comunista do Brasil rechaça a afronta dessa ONG alienígena que troca o debate pela calúnia para tentar atingir a imagem de um dos parlamentares mais respeitados do Congresso Nacional. Uma liderança com mais de 30 anos de vida pública cuja marca é a luta pelo desenvolvimento soberano do Brasil e pelos direitos do povo brasileiro. Liderança que não se esquiva de assumir responsabilidades complexas quando o que está em jogo é a remoção de obstáculos que impedem o fortalecimento da Nação. O trabalho realizado e o eixo político por ele anunciado da citada relatoria, acima descritos, demonstram que mais vez mantém sua fidelidade a esse primado. Em resposta à campanha caluniosa de que é vítima, cresce o respaldo democrático e popular à sua atuação. Respaldo que já o elegeu vereador da Câmara paulistana e por cinco vezes consecutivas deputado federal por São Paulo. E o elegeu, também, presidente da Câmara dos Deputados e o levou a exercer o cargo de ministro da Articulação Política do governo Lula no seu primeiro mandato.

São Paulo, 23 de maio de 2010

O Comitê Central do PCdoB