Governo lança projeto para combater o uso de drogas nas escolas

Todas as escolas públicas estaduais de Teresina, Parnaíba e Picos vão receber, a partir do mês de julho, os primeiros kits e as capacitações do Projeto Piloto Viver de Cara Limpa para os profissionais de educação na prevenção do uso de drogas nas escolas. Serão realizadas oficinas de 8h/aula onde serão apresentados o material didático e a metodologia de trabalho

“Os livros que formam o kit falam da história de um personagem real, o Ricardo Ribeirinho. É um jovem que viveu nas drogas (passou muitos anos desde a infância) e hoje está ministrando palestras no mundo todo. Ele, junto com uma pedagoga, elaborou esse kit”, informa a professora de Arte Irene Nogueira, que faz parte da Coordenação de Integração com Programas Sociais Educacionais da Secretaria de Educação e Cultura (Seduc).

De acordo com Irene Nogueira, os representantes dos Grêmios Estudantis das escolas também vão ser capacitados para, dentro da escola, trabalharem com esses alunos. Serão distribuídos cerca de 50 mil kits, inicialmente, nestes três municípios e, posteriormente, no restante. Cada kit possui três livros didáticos, cada um direcionado, respectivamente, um para os pais, um para o professor e outro para o aluno.

A professora explica que o projeto foi lançado no ano passado e que foi preciso fazer um mapeamento nas escolas. Ela diz que a dificuldade desse trabalho é que os diretores, coordenadores e professores, na maioria das vezes, quando identificam um usuário não sabem para onde encaminhar.

“Nós temos que, além de capacitar o professor, diretor e coordenador pedagógico, visualizar, identificando e encaminhando para os devidos locais de tratamento, temos que fazer um trabalho de conscientização para estes gestores não terem medo, já que existem alunos que, de certa forma, vão provocar os professores”, diz Irene Nogueira.

Quando ocorre a intervenção, a proposta do projeto é que seja chamada a família, identificado um local no município para fazer o tratamento, para onde esses alunos serão encaminhados. “Nós fazemos a prevenção identificando os alunos, mas os outros órgãos, como a Secretaria de Saúde, são responsáveis pelo tratamento”, finaliza.