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BID: produtividade baixa é um obstáculo ao crescimento da AL

O crescimento lento crônico da América Latina deve-se a sua baixa produtividade, segundo relatório do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), apontando também a concentração dos recursos em grandes empresas como outro entrave para o desenvolvimento da região.

Para o BID, no relatório 'A Era da Produtividade", o Brasil aparece no 8º lugar da tabela de Produtividade Relativa na América Latina, com 57,3% a menos em relação aos Estados Unidos (EUA), líder no continente. O Produto Interno Bruto (PIB) per capita brasileiro é 20,7% menor do que PIB/per capta dos EUA.

Serviços

Segundo informações da Agência Brasil, melhorar a capacidade de inovação tecnológica, a disponibilidade de créditos e impostos mais baixos, principalmente para as pequenas empresas, são algumas indicações apresentadas para a melhoria das condições socioeconômicas da região. A tendência mundial é de que o setor de serviços cresça: em 2005 essa área correspondia a 61,8% da economia.

“No setor manufatureiro e, sobretudo, nos serviços, a América Latina tem problemas gravíssimos. A produção está intimamente ligada ao índice per capita, um país latino-americano podia ter aumentado seu [índice] per capita em 54% se a produtividade tivesse crescido como no resto do mundo. Os desafios são grandes, mas o momento é propício para assegurar um melhor futuro para a região”, afirmou Carmem Pagés, chefe da Divisão de Mercados de Trabalho do BID, que edita o relatório.[3]

Papel da educação

Segundo Pedro Cavalcanti, economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o produto per capita brasileiro sempre perdeu espaço relativo se comparado aos países líderes e só nos últimos cinco anos vem crescendo de forma mais acelerada.

Para o país crescer é necessária uma política para aumentar o grau de eficiência da produtividade. Segundo Cavalcanti, a educação desempenha um papel essencial neste sentido. “A gente está mal em qualidade e quantidade em termos de educação. Todo ano entra muita gente mal qualificada no setor de serviços, no qual se encontram 65% da mão de obra brasileira. [mal qualificada] Porque estão longe do campo e não têm qualificação para a indústria. A solução passa por educação e erradicação da pobreza”, afirmou Cavalcanti.

Com agências