Encontro de Folguedos homenageia símbolo da cultura piauiense
Quando o Encontro Nacional de Folguedos 2010 tiver início, no próximo dia 18 de junho, estará em curso a homenagem a uma das mulheres mais dedicadas à cultura do Piauí, dona Maria Helena de Sousa Barros, ou simplesmente dona Helena. Uma mulher que passou mais de 50 anos de vida dedicados à cultura do Estado.
Publicado 07/06/2010 13:22 | Editado 04/03/2020 17:01

O tempo de batalha com o reisado transformou Helena em porta-voz da dança, a brincante, então, foi chamada para trabalhar na Secretaria de Cultura, onde permaneceu por mais de 25 anos. Além de funcionária dedicada, Maria Helena amava a cultura, tendo participado do Coral da Fundução Cultural como cantora central; também participava ativamente do Encontro Nacional de Folguedos.
Para os amigos e familiares, dona Helena era mulher de sorriso fácil e muito divertida, quando pequena frequentava as festas de seu bairro, na zona norte de Teresina, e só ficava satisfeita depois que a banda parava de tocar. Dona Maria de Lourdes, amiga de infância, diz que só viu Helena triste uma vez: “o único momento onde vi Helena sem o sorriso no rosto foi quando ela ficou doente, meses antes de falecer, mas a lembrança que sempre guardo é da eterna amiga, sempre caridosa e prestativa”, ressaltou. Dona Helena faleceu no dia 5 de outubro de 2008, em consequência de uma série de problemas de saúde.
Dona Maria Helena era mãe de nove filhos, um deles é funcionário da Fundação Cultural do Piauí (Fundac), Francisco das Chagas Rodrigues Barros. Para os familiares, a lembrança é da pessoa acreditada e amada por todos. Seu Severo lembra do poder de liderança da irmã. “Quando ela se afastou do nosso meio deixou um vazio na minha vida, ela era minha mola mestra de entendimento, desde a sua morte o reisado nunca mais foi o mesmo”, disse. Severo relata que a história do Reisado do Piauí se confunde com a do encontro de folguedos, já que a dança está presente desde a primeira edição do evento.
Para a Fundac, a homenagem é mais do que merecida. De acordo com o diretor de ação cultural, Chagas Bezerra do Vale, Helena foi uma das maiores militantes culturais do Estado. “Dona Helena foi um símbolo de expressão cultural e pessoas assim devem ser sempre lembradas por todos”, finalizou.