Ariano Suassuna recebe título de Doutor Honoris Causa da UFC

O dramaturgo, romancista, poeta e professor Ariano Vilar Suassuna recebe, nesta quinta-feira (10), o titulo de Doutor Honoris Causa da UFC, em solenidade marcada para as 20h, no auditório da Reitoria. O título foi proposto pelo Prof. René Barreira, quando Reitor da UFC, em 2006, relatado pelo Prof. Luiz Antonio Maciel de Paula, então Pró-Reitor de Extensão, e aprovado na reunião de 8 de dezembro de 2006 do Conselho Universitário.

Ariano Suassuna

Filho de dona Rita de Cássia e de João Urbano Pessoa de Vasconcelos Suassuna (na época, Governador da Paraíba), Ariano nasceu no dia 16 de junho de 1927, em João Pessoa. Seu pai foi assassinado, por questões políticas, no Rio de Janeiro, às vésperas da Revolução de 30, o que levou Dona Rita e os nove filhos a se transferirem para Taperoá, no Cariri paraibano.

Nessa cidade, Ariano começou os estudos e assistiu, pela primeira vez, a uma peça de mamulengos e desafio de viola, manifestações de arte popular que influenciaram toda a sua produção teatral. Adolescente, muda-se para o Recife, onde estuda no Colégio Americano Batista, Ginásio Pernambucano e Colégio Oswaldo Cruz. Forma-se em Direito, em 1950, e em Filosofia, em 1960.

Sua estreia literária acontece em 1945, aos 18 anos, quando publicou no "Jornal do Comércio" o poema "Noturno". Em 1947, escreveu sua primeira peça, intitulada "Uma mulher vestida de sol". Seguiram-se as peças "Cantam as harpas do Sião", "Auto da Compadecida", "O casamento suspeitoso" e "O santo e a porca", "A pena e a Lei", "A farsa da boa preguiça" e "A caseira e a Catarina".

São também obras de Ariano o "Romance da Pedra do Reino e o Príncipe do sangue do vai-e-volta", "História do rei degolado nas caatingas do sertão".

O "Auto da Compadecida" o projetou em todo o Brasil. Em 1962, o crítico teatral Sábato Magaldi considerou-a "o texto mais popular do moderno teatro brasileiro". Foi levada aos palcos do país inteiro e adaptada para televisão e cinema.

Ariano Suassuna foi o idalizador do Movimento Armorial, que objetiva criar uma arte erudita a partir de elementos da cultura popular nordestina. Desde 1990, ocupa a cadeira nº 32 da Academia Brasileira de Letras. Seus livros já foram traduzidos para o inglês, francês, espanhol, alemão, holandês, italiano e polonês.

Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social e Marketing Institucional da UFC