Engarrafamentos e vuvuzelas tomam conta de Johanesburgo

O orgulho de receber a primeira Copa do Mundo africana se propagou pelo continente e, no país-sede, se misturou agora com as festas, os intermináveis congestionamentos em Johanesburgo e milhões de lábios desgastados de tanto soprar vuvuzelas.

Paixão de milhões na África do Sul, as cornetas ensurdecedoras se impõem absolutas nas cidades do país, mas acabam deteriorando gravemente os lábios dos torcedores, tal como eles próprios puderam comprovar.

Os lábios ressecam, racham e queimam de tanto tocar as vuvuzelas, reclamam os sopradores à imprensa local. Mas eles pagam o preço contentes por motivarem os Bafana Bafana, que abriram hoje o Mundial com um empate de 1 a 1 contra o México. "Olha como estão meus lábios, mas não posso parar", dizia um dos torcedores.

Por todos os cantos da África do Sul, a população parou para contemplar em telas gigantes o início da Copa no majestoso estádio Soccer City.

Johanesburgo acordou ao som de esporádicos toques de vuvuzela que, ao longo do dia, foram se propagando por todos os bairros e subúrbios da cidade.

Os habitantes do centro financeiro sul-africano não deram a menor importância aos apelos do Comitê Organizador do Mundial para que deixassem o carro em casa e usassem o transporte público para chegar ao estádio. Consequência: tráfego colapsado e horas nas ruas de asfalto ou de terra.

Os ônibus mobilizados para o torneio, segundo comprovou a Agência Efe, em alguns casos tiveram atrasos de até três horas e muitos dos torcedores com ingressos tiveram que percorrer a pé os dois últimos quilômetros.

O silêncio antecedeu a cerimônia de abertura, mas o barulho das vuvuzelas explodiu quando começou a partida inaugural, e, sobretudo, quando Tshabalala abriu o placar para os anfitriões.

O jogo terminou empatado, mas a festa sul-africana está apenas começando.

Fonte: Portal Copa 2014