UEB apresenta reivindicações ao governador da Bahia

Pensar uma forma de reestruturar as universidades estaduais, atraindo mais investimentos, é um dos pontos primordiais do projeto de reestruturação das universidades que foi apresentado ao Governador. “O objetivo é de expandir, ainda mais, o Ensino Superior na Bahia. É importante reconhecer que há mais investimentos, entretanto ainda faltam projetos pensados mais globalmente em relação à situação das universidades”, pontuou Vladimir.

O documento ainda será aprimorado durante o seminário da UEB, previsto para acontecer entre os dias 20 a 22 de agosto, na Universidade do Estado da Bahia – Uneb. A expectativa é reunir todos os estudantes das universidades estaduais – UEBA com discussões focadas na autonomia das instituições públicas de Ensino Superior no Estado e a imediata revogação da Lei 7176. Implementada no governo carlista de Paulo Souto, em 1997, a Lei é historicamente repudiada pelo movimento educacional, considerada um afronte à autonomia administrativa e de gestão financeira das UEBA, com repercussões também na sua autonomia didática e científica.

Uma das críticas diz respeito à criação de conselhos da administração superior nas universidades, que impõem a nomeação dos representantes da sociedade pelo governador, ao invés da abertura de concursos públicos para contratação. O reflexo imediato é na carência de professores: somente na Uneb, este número está estimado em 775 docentes. “Essa pauta tem sido recorrente no movimento educacional do Ensino Superior; tanto dos estudantes, quanto de professores e servidores. Então, a idéia é que esse seminário consiga pensar o projeto em todos os pontos: investimento; mudança do projeto político-pedagógico das universidades estaduais, com mais cursos que consigam pensar o desenvolvimento do Estado e questões regionais; e também a questão da democracia e autonomia das universidades”, ratificou Vladimir Meira.

Nova sede da UEB

Na reunião, os estudantes também apresentaram o pedido de uma sede para o movimento estudantil no Centro Antigo de Salvador. “O Governador já afirmou publicamente o desejo de revitalizar o Centro Histórico para além do turismo e visitação. Então, a participação de organizações da sociedade civil nesse espaço é, talvez, uma forma de retomar práticas culturais, sociais e políticas; em que a vida da cidade também aconteça”, opinou o presidente da UEB.

Segundo Meira, Jaques Waner sinalizou positivamente à proposta; mas ainda é preciso definir um local específico para a constução da sede.

De Salvador,
Camila Jasmin