Ato em defesa do Teatro Jorge Amado acontece nesta sexta-feira

Nesta sexta-feira (18/6), artistas e produtores culturais baianos se reúnem no movimento alcunhado de “Virada Cultural”, em favor da preservação do Teatro Jorge Amado. O espaço será entregue à Agência de Fomento do Estado da Bahia – Desenbahia e deve ir a leilão no fim do mês. A concentração será às 19h, na Av. Manoel Dias da Silva, em frente ao Teatro.

Estão programadas diversas intervenções culturais ao longo de todo o dia. A perspectiva é de que os protestos se estendam até a madrugada, com apresentações de grupos teatrais estudantis, sarau cultural, roda de capoeira, shows musicais e depoimentos em favor da manutenção do Jorge Amado. Entre as presenças confirmadas, nomes de peso da cena artística local, a exemplo da cantora Vânia Abreu, o poeta Ildázio Tavares, o diretor teatral Fernando Guerreiro, a cantora Clécia Queiroz, o humorista Renato Piaba, o cantor Gerônimo, a bailarina Eliana Pedroso, representantes do Cortejo Afro e do Projeto Axé, e o presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, Carlos Amorim; entre outros.

O protesto atenta para a redução dos equipamentos culturais em Salvador que, nos últimos anos, conviveu com o fechamento de importantes equipamentos, a exemplo dos teatros Maria Bethânia, Diplomata, Gregório de Mattos e ACBEU. “O movimento reuni todas as manifestações artísticas em prol do teatro baiano”, sintetizou o deputado estadual Javier Alfaya (PCdoB), um dos apoiadores da Virada Cultural.

O deputado, inclusive, promoveu audiência pública no último dia 7, no Teatro Martim Gonçalves (UFBA), com a participação de representantes da Secretaria da Cultura – Secult e da Fundação Cultural – Funceb. Em pauta, além da carência de espaços culturais, a importância do fomento às artes em todo o Estado.

Na ocasião, Secult e Funceb anunciaram a ampliação do apoio a instituições culturais das atuais 14 para 25. A mudança representa um salto de R$ 5,1 milhões para R$ 7,5 mi em investimentos. O prazo dos financiamentos tem duração de dois anos, renovável por mais dois. “Isso significa garantia no planejamento cultural”, comemorou Alfaya.

De Salvador,
Camila Jasmin