Lula volta a defender Estado Palestino independente

“Defendemos um Estado Palestino independente, soberano, coeso e economicamente viável, e que possa conviver em segurança e dignidade com Israel. Isso só será possível com unidade. Contamos com a Síria para ajudar a alcançar uma verdadeira reconciliação entre palestinos”, disse Lula.

Fim do bloqueio

O presidente lembrou que o governo brasileiro condenou a intervenção em Gaza como faz em relação a todos os atos terroristas: “Consideramos que bloqueios não contribuem para a paz. O incidente com a flotilha humanitária, atacada em águas internacionais, mostra que é mais do que hora de levantar o bloqueio a Gaza.

Lula disse que a construção da paz no Oriente Médio é um dos pilares da integração da América do Sul e dos Países Árabes, lançada em 2005. Para Lula, todos os países têm de trabalhar pela paz no Oriente Médio. O presidente lembrou que tratou desse assunto com os presidentes de países da região nos encontros que tiveram nos últimos anos.

Responsabilidade de todos

“Essa é uma responsabilidade de todos. Esse conflito transcende as dimensões regionais. Afeta o mundo inteiro. Recusamos a tese de que o Oriente Médio está fadado ao conflito, de que seus filhos estão condenados a reviver a irracionalidade da guerra. Não haverá reconciliação verdadeira se houver vencedores e vencidos. Temos urgência em ver a região pacificada, com todos seus povos vivendo em harmonia – afirmou.

Lula também defendeu o fim dos entraves para a entrada da Síria na Organização Mundial do Comércio (OMC). Já o presidente da Sírio, Al-Assad, elogiou a posição realista do Brasil em relação aos conflitos do Oriente Médio, especialmente da Palestina. Segundo ele, os esforços dos países árabes e da América Latina vão ajudar a encontrar as soluções para o problemas na região. O presidente da Síria elogiou a atuação do Brasil e da Turquia na negociação do acordo com o Irã.

“Esse acordo é fundamental para chegarmos a uma solução através da negociação e de forma pacifica. Isso mostrou a boa intenção do Irã de chegar a uma solução pacifica, enquanto Israel ainda ameaça a segurança e a paz na região, através da suas armas nucleares. A Síria acredita que a paz na região é a única forma de encontrar o desenvolvimento”, declarou. Ele também defendeu uma vaga permanente para o Brasil no Conselho de Segurança da ONU, dizendo que “esse será um grande passo para corrigir o Conselho e mudar a política que vai para um lado só”.
No fim, Al-Assad confessou que, embora ainda vá visitar a Argentina, torce pela Seleção Brasileira na Copa do Mundo.

Com agências