Sem categoria

Mercosul foca reunião no comércio

Os sete chanceleres do Mercado Comum do Sul (Mercosul) centraram, nesta segunda-feira, a primeira etapa da 39ª cúpula do mecanismo regional em questões comerciais e econômicas, sem evitar a crise diplomática entre Colômbia e Venezuela.

Como resultado das discussões, a união aduaneira aprovará nesta reunião fundos por volta de US $ 794 milhões para "nove projetos destinados essencialmente à melhoria da infra-estrutura, saneamento e interligação elétrica", para resolver as assimetrias dos países membros, disse Hector Timerman, chanceler da Argentina, que passará a presidência pro tempore da entidade ao Brasil.

O ministro anfitrião disse que chegou a um acordo com o Egito para criar uma zona de livre comércio e enfatizou a retomada das negociações entre o Mercosul e a União Européia, interrompidas desde 2004, até um acordo de associação interregional.

Também foi firmado um convênio para a preservação do Aqüífero Guarani, uma das maiores reservas de água doce do mundo, que inclui o aqüífero como um recurso hídrico transfronteiriço, que integra o domínio territorial soberano do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, detalha a EFE.

A agência de notícias relata que, ante uma proposta do chanceler do Paraguai, Hector Lacagnata, de que o conflito entre Colômbia e Venezuela faça parte da agenda da Cúpula do Mercosul, seu colega venezuelano, Nicolas Maduro, pediu a seus colegas que o tratamento de crise de seu país com a Colômbia se limite à União das Nações Sul-Americanas (Unasul) e instou os governos da região a apoiarem a proposta de Caracas em torno de um plano de paz para a Colômbia, apresentado na semana passada na Unasul. Ele observou que "a única guerra que persiste na região é a guerra na Colômbia" e denunciou a estratégia desse país, apoiada pelo governo dos Estados Unidos.

A reunião de alto nível será encerrada nesta terça-feira com a presença dos presidentes Cristina Kirchner (Argentina), Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Hugo Chávez (Venezuela), Sebastian Piñera (Chile), Evo Morales (Bolívia), Fernando Lugo ( Paraguai) e José Mujica (Uruguai).

Fonte: Granma