Sem categoria

Varejo sobe 1% em junho e revela força do mercado interno

O volume de vendas no varejo brasileiro aumentou 1% em junho, perante maio, em dados com ajuste sazonal. Foi o segundo mês consecutivo de alta (em maio, o avanço foi de 1,5%) após a queda expressiva de 3,1% vista em abril. Já a receita nominal de vendas subiu pelo sexto mês seguido, ao registrar alta de 0,5% em junho. Os dados refletem a forte recuperação do mercado interno brasileiro após a crise no final de 2008 e início de 2009.

De maio para junho, os melhores desempenhos em termos de volume de vendas foram dos ramos de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (5,4%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (5,2%). Por outro lado, dentre os ramos com queda de venda, destacam-se material de construção (-3,1%), veículos e motos, partes e peças (-0,6%); e livros, jornais, revistas e papelaria (-2,3%).

Recorde

Perante junho de 2009, houve expansão de 11,3% no volume de vendas e de 14% na receita nominal do varejo nacional. Todas as atividades pesquisadas pelo IBGE viram aumento no volume de vendas, sobressaindo-se hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (11,9%); móveis e eletrodomésticos (17%); e outros artigos de uso pessoal e doméstico (9,4%).

No acumulado do primeiro semestre, o volume de vendas varejistas cresceu 11,5% no confronto com o mesmo período do ano passado, marcando um recorde. Foi a maior taxa para um semestre de toda a série histórica da pesquisa do IBGE. "Cabe ressaltar que no primeiro semestre de 2009 a economia brasileira sofria a influência da chamada crise financeira internacional. Somente em meados do segundo semestre daquele ano a economia começa a se estabilizar, com suas atividades se aproximando dos patamares do período pré-crise", ressalva nota do instituto.

Desaceleração?

A queda de 0,20% no índice de média móvel trimestral das vendas do comércio varejista no trimestre encerrado em junho foi considerada uma estabilidade pelo economista da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Reinaldo Pereira. Ele destacou que a taxa foi muito próxima de zero – embora tenha sido menor do que o índice de média móvel trimestral apurado no trimestre imediatamente anterior, encerrado em maio, quando subiu 0,15%.

Embora o indicador seja uma espécie de termômetro para configurar tendências, o especialista informou que a taxa não pode ser usada para justificar o início de um desaquecimento no volume de vendas do comércio varejista a partir de junho. "Não posso dizer que a partir de agora o comércio, o volume de vendas, vai começar a cair. Temos de esperar alguns meses para saber se isso realmente vai se configurar", afirmou.

O desempenho do comércio varejista ampliado – o varejo, mais as atividades de veículos, motos, autopeças e de material de construção – foi mais fraco em junho, por refletir a diminuição da venda de veículos e de material de construção. O volume de vendas ficou estável e a receita nominal subiu 0,8% perante maio. Na comparação com junho de 2009, houve alta de 3,4% no volume e de 6,9% na receita nominal.

Com agências