Hélio defende revisão de tributos sobre minério

Hélio Costa (PMDB), em sabatina realizada pelo jornal Folha de São Paulo e pelo portal UOL, no final da manhã desta quarta-feira, em Belo Horizonte. “Vamos fazer a bancada do minério”, defendeu, citando o Pará como Estado interessado na pauta.

Ao ser questionado sobre como faria uma revisão diferenciada da carga tributária, diminuindo impostos para atrair investimentos em regiões com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e em regiões de fronteira, Hélio explicou que há setores com baixa tributação, como o da mineração. Com o aumento da tributação no setor, um dos principais de Minas, o governo estadual reverteria uma eventual perda na receita.

O candidato considera injustos investimentos em mineração fora de Minas, quando é o Estado quem fornece a matéria-prima da indústria siderúrgica. Apesar de a exploração ser no Estado, os empregos se multiplicam até mesmo fora do país, nos locais em que o minério de ferro agrega valor, transformando-se em produto acabado, por exemplo. “Os chineses estão comprando Minas Gerais. Não quero impedir. Quero que eles paguem impostos”, afirmou.

Outra revisão proposta por Hélio durante a sabatina diz respeito aos salários do funcionalismo. Ele condenou proposta de acabar com benefícios aos servidores por tempo de serviço, como biênios e qüinqüênios, e também comprometeu-se a estudar uma melhoria nos vencimentos de aposentados, que acumulam perdas ao longo dos últimos anos. “No dia seguinte à posse irei sentar com os professores, vamos criar uma comissão para que o governo possa resolver esta injustiça”.

A boa relação com o ex-governador Aécio Neves e sua admiração pelo presidente Lula (PT) foram abordados por Hélio. Ele emocionou-se na descrição de sua admiração pelo presidente Lula, relembrando a construção da aliança do petista com o vice-presidente mineiro, José Alencar, “empresário de sucesso”. “Eu fui me apaixonando pela figura do presidente Lula”.

Sobre a Cidade Administrativa, nova sede do governo mineiro inaugurada este ano, Hélio destacou que o empreendimento deveria ter vindo com um projeto de desenvolvimento do vetor Norte da capital mineira. “Vamos fazer uma transição democrática e suave para não causar problemas.”

As preocupações com a segurança pública e com o turismo, além da proposta de desenvolvimento regional, com atuação em cidades estratégicas da Zona da Mata, do Jequitinhonha e do Sul de Minas foram outros temas ressaltados por Hélio. Além disso, a importância da aliança com o PT, que culminou na chapa Hélio-Patrus Ananias, esteve na pauta da sabatina. “Nesse espaço de um ano, eu nunca tive menos de 30 pontos em todas as pesquisas realizadas em Minas Gerais. Em cima disso é que o presidente dizia que o candidato seria o que tivesse melhor viabilidade eleitoral”, disse.