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Pentágono diz que Wikileaks tem mais documentos "explosivos"

O Pentágono afirmou nesta sexta-feira (13), que os documentos que ainda restam por publicar pelo site Wikileaks são considerados os "mais explosivos" em relação à ocupação estrangeira no Afeganistão.

Os cerca de 15 mil documentos secretos que estão na posse do site Wikileaks, sobre a situação da Guerra no Afeganistão, e que ainda não foram revelados são considerados pelo Pentágono como "potencialmente mais explosivos e sensíveis" do que o pacote inicial de 90 mil documentos.

"Tememos que os documentos adicionais que asseguram ter possam representar riscos ainda maiores (…) potencialmente ainda mais prejudiciais para a segurança nacional", insinuou o coronel David Lapan.

"Esperamos que o Wikileaks não publique esses documentos e não exponha mais vidas em perigo", insistiu.

Na última quarta-feira o responsável pelo site, Julian Assange, disse que mantém seu plano de publicar em torno de 15.000 documentos secretos americanos que tem em seu poder sobre a guerra no Afeganistão.

Em uma mensagem de vídeo dirigida a uma audiência em Londres, Assange disse que estava preparando a divulgação dos documentos.

Conforme a opinião do jornal francês Le Monde Diplomatique, "a publicação destes papéis pode servir para formar as opiniões e, em qualquer caso, suscita emoções que, por sua vez, se convertem em elementos da realidade política. Por isso foram reabertos os debates na Europa, em países onde a opinião pública rechaça há muito tempo a idéia da Guerra no Afeganistão".

O Le Monde Diplomatique usa como exemplo disso o que acontece na Alemanha, um dos lugares onde se questiona a presença de quase 5 mil soldados do país naquela região. Essa situação se complica ainda mais na medida em que, nos documentos, fica evidenciado o papel das forças especiais estadunidenses, que escapam de qualquer controle e que estão alojadas, em parte, em um acampamento militar do exército alemão.

Da redação, com agências