Servidores do Judiciário são retirados da ALESP
Os servidores do Judiciário paulista que ocuparam na noite de quarta-feira (25/8) o plenário José Bonifácio, da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) foram retirados por volta das 2h30 de hoje pela Polícia Militar.
Publicado 26/08/2010 11:22 | Editado 04/03/2020 17:18
A retirada foi feita pelos policiais militares que trabalham na casa parlamentar. Os 32 manifestantes que estavam acampados no plenário saíram pacificamente e permanecem acampados em frente ao prédio da Assembleia Legislativa. Eles aguardam outros grevistas vindos do interior do estado para negociações.
Há 120 dias de greve, os manifestantes pedem a recomposição de perdas salariais, o julgamento do dissídio coletivo e a instalação de CPI (Comissão parlamentar de Inquérito) para investigar os gastos do Tribunal de Justiça do Estado.
Essa é a terceira invasão a órgãos públicos promovida pelos grevistas. Eles já haviam ocupado o Fórum João Mendes, na capital paulista, e o Palácio da Justiça.
"Essa é mais uma medida desesperada e radical, mas é definitiva. O tribunal não quer negociar conosco. Queremos que os três poderes se reúnam para discutir a nossa situação", afirmou à Folha Osmar da Silva, escrevente do Fórum de Jundiaí, que está entre os invasores.
O deputado estadual major Olímpio (PDT), que acompanha as negociações entre grevistas e magistrados, está no local e busca uma solução. "Eles querem pressionar o Executivo, que, ao lado do Judiciário, fica fazendo um jogo de empurra com os servidores."
O tribunal diz que não há verba para conceder aumentos salariais. Os grevistas estão com agasalhos, cobertores e levaram alimentos e água para a Assembleia. Quando os grevistas invadiram o João Mendes, a entrada de água e comida no local foi proibida, para sufocar a ocupação.
Com Folha de S.Paulo