Vigília cobra justiça para assassinatos de Colombiano e Catarina

Se depender dos esforços do movimento sindical os assassinatos do diretor Tesoureiro do Sindicato dos Rodoviários, Paulo Colombiano, e da secretária do Comitê Estadual do PCdoB, Catarina Galindo, não cairá no esquecimento. Nesta sexta-feira (27/8), trabalhadores, familiares e amigos das vítimas realizaram uma vigília durante todo o dia, na frente da Secretaria de Segurança Pública, no Centro de Salvador, para lembrar os 60 dias do crime.

A mobilização para cobrar a apuração e punição dos culpados pela morte de casal começou bem cedo. Às 6h da manhã, sindicalistas da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) ocuparam a Estação da Lapa, a mais movimentada de cidade, para distribuir 10 mil panfletos anunciando a recompensa de R$ 10 mil reais para quem fornecer informações, através do Disque Denúncia da Polícia, que ajudem a elucidar o crime.

A manifestação, organizada pela CTB e CUT, juntou representantes de diversas entidades sindicais para cobrar celeridade na apuração do crime. “Colombiano era uma companheiro de muitas batalhas, lutou contra a ditadura militar, enfrentou o carlismo e se sempre se colocou à frente das lutas não apenas dos rodoviários, mas de toda a classe trabalhadora”, declarou ao microfone Hélio Ferreira, atual Tesoureiro do Sindicato dos Rodoviários.

Segundo Ferreira, as centrais sindicais têm tentando marcar uma audiência com o secretário de Segurança Pública, César Nunes, mas até o momento não obteve nenhuma resposta. Os sindicalistas gostariam de saber um pouco mais sobre o andamento das investigações, já que a única coisa informada pela Polícia até o momento é de que os assassinatos têm todas as características de um crime de mando, ou seja, foi encomendado por alguém.

Esta é a segunda vigília realizada pelo movimento sindical para cobrar celeridade na apuração do assassinato de Colombiano e Catarina. Os dois foram mortos a tiros no dia 28 de junho, quando chegavam em casa, no bairro de Brotas, em Salvador. Familiares e amigos das vítimas têm se mobilizado para que o assassinato não caia no esquecimento e se torne mais um no rol dos crimes insolúveis.

De Salvador,
Eliane Costa