Judeus do Irã vivem muito melhor que os palestinos de Gaza
Há 25 mil judeus no Irã. É a maior população judaica no Oriente Médio fora de Israel. Os judeus iranianos não são perseguidos nem sofrem abusos do estado; de fato, estão protegidos sob a constituição iraniana. São livres para praticar sua religião e para votar nas eleições.
Por Mike Whitney, no CounterPunch
Publicado 31/08/2010 16:26
Não são parados e revistados em checkpoints, não são brutalizados por um exército de ocupação e não estão confinados numa colônia penal densamente povoada (Gaza) onde sejam privados dos meios básicos de subsistência. Os judeus iranianos vivem dignamente e gozam dos benefícios da cidadania.
O presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad é demonizado pela mídia ocidental. É chamado de anti-semita e de "novo Hitler". Mas se essas alegações fossem verdade, então porque a maioria dos judeus iraquianos votou em Ahmadinejad nas recentes eleições presidenciais? Será possível que a maior parte do que se sabe sobre Ahmadinejad seja baseado apenas em boatos e em propaganda?
Este trecho apareceu num artigo da BBC:
Quando foi que Hitler alguma vez doou dinheiro para hospitais judeus? A analogia com Hitler é uma tentativa desesperada de lavagem cerebral aos americanos. Nada nos diz sobre quem realmente é Ahmadinejad.
As mentiras sobre Ahmadinejad não são diferentes das mentiras sobre Saddam Hussein ou Hugo Chávez. Os EUA e Israel estão tentando criar uma justificação para outra guerra. É por isso que a mídia credita a Ahmadinejad coisas que ele realmente nunca disse. Ele nunca disse que quer "varrer Israel do mapa". Essa é mais uma ficção. O autor Jonathan Cook explica o que disse realmente o presidente:
"Este mito tem sido interminavelmente reciclado desde que ocorreu um erro de tradução num discurso de Ahmadinejad dois anos atrás. Especialistas em farsi atestaram que o presidente iraniano, longe de ameaçar com a destruição de Israel, estava citando um antigo discurso do Aiatolá Khomeini no qual ele reassegura aos apoiadores da Palestina que "o regime sionista em Jerusalém" iria "desaparecer das páginas do tempo".
Ele não estava ameaçando exterminar judeus ou Israel. Estava comparando a ocupação israelense da Palestina com outros sistemas ilegítimos cujo tempo havia passado, incluindo os xás que outrora governaram o Irã, o apartheid na África do Sul e o império [NR] soviético. Não obstante, a tradução errônea sobreviveu e prosperou porque Israel e seus apoiadores a exploraram para seus próprios propósitos de propaganda" ("Israel's Jewish problem in Tehran", Jonathan Cook, The Electronic Intifada)
Ahmadinejad não representa qualquer ameaça para Israel ou para os EUA. Como todos no Oriente Médio, ele quer apenas um alívio da agressão israelense e norte-americana.
Isto é da Wikipedia:
Em quem deveríamos acreditar: nos judeus que realmente vivem no Irã ou nos encrenqueiros do Departamento de Estado norte-americano?
Há seis açougues kosher, 11 sinagogas e diversas escolas hebraicas em Teerã. Nenhum funcionário de Ahmadinejad nem de qualquer outro governo iraniano fez qualquer tentativa de fechar essas instalações. Nunca. Judeus iranianos são livres para viajar (ou mudar-se) para Israel se assim o desejarem. Não estão aprisionados por um exército de ocupação. Não estão privados de alimentos ou remédios. Seus filhos não crescem com doenças mentais originadas do trauma da violência esporádica. Suas famílias não são atingidas por barcos armados atirando enquanto circulam nas praias. Seus apoiadores não são esmagados por escavadeiras ou atingidos na cabeça por balas de borracha. Não são atingidos por gás ou espancados quando fazem demonstrações pacíficas por suas liberdades civis. Seus líderes não são caçados e assassinados premeditadamente.
Roger Cohen escreveu um ensaio bastante cuidadoso sobre este tema para o New York Times. Diz ele:
As coisas não são perfeitas para os judeus que vivem no Irã, mas são melhores do que para os palestinos que vivem em Gaza. Muito melhor.
Fonte: Pátria Latina