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Chapas de deputados pró-Dilma e Wagner ganham força na Bahia

Considerado o 4º maior colégio eleitoral do país, a Bahia conta, hoje, com 9,5 milhões de eleitores; o equivalente a 7% de todo eleitorado nacional. Este ano, o estado lançou 870 candidaturas proporcionais: 250 concorrem a deputado federal e 620 a deputado estadual.

Comício de Dilma e Wagner, em Salvador

A maioria na Câmara dos Deputados e Assembléia Legislativa tenta a reeleição. Dos 39 federais eleitos em 2006, apenas 29 irão concorrer à reeleição; os restantes concorrem a cargos majoritários ou estão à frente de prefeituras. São três coligações para deputado federal, com seis partidos se lançando ao pleito de forma independente. Já para o pleito de deputado estadual são cinco chapas de candidatos e candidatas, com sete partidos em chapa própria.

“O Time de Lula”

As pesquisas refletem o clima no país de continuidade do projeto político liderado por Lula. Governador e candidato à reeleição, Wagner reúne em torno de si além do PT, PCdoB, PDT, PP, PSB, PRB, PHS e PSL na coligação “Pra Bahia Seguir em Frente”. Primeiro colocado nas pesquisas nas 18 sondagens realizadas desde novembro, e com indicações de vitória em primeiro turno, mantém o discurso da cautela e evita o clima de “já ganhou”. “A verdadeira pesquisa é a do dia 3 de outubro, com a divulgação do resultado. Agora, nas minhas andanças pela Bahia, sinto o carinho e a atenção do povo, o que, para mim, avaliza as pesquisas. Só que, até lá, não vou descansar, ao contrário, vou trabalhar dobrado”, afirma.

Nos três últimos levantamentos – Vox Populi, Ibope e Datafolha, Jaques Wagner oscila entre 46% e 49% das intenções de voto, enquanto o segundo colocado, Paulo Souto(DEM) fica na faixa dos 17% aos 23% e Geddel (PMDB), varia de 10% a 12%. O governador, portanto, estaria reeleito em todas as projeções, no primeiro turno. “As pesquisas são o retorno dos 241 mil empregos criados, dá água e da luz na casa dos cidadãos da zona rural, de um milhão de pessoas alfabetizadas, das habitações construídas”, destacou Wagner.

Cenário positivo também para a presidenciável Dilma Rousseff.. As pesquisas de opinião têm apontado a vitória da candidata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva , com percentual de votos variando de 51% a 55%; o que bastaria para a sua vitória já dia 3 de outubro. Dilma e Lula participaram de grande comício em Salvador, para apoiar Wagner. Possivelmente as pesquisas foram decisivas para essa opção já que na Bahia existe outro candidato de partido da base aliada de Dilma, a de Geddel, do PMDB, que se mantém muito abaixo de Wagner nas pesquisas.

A situação favorável de Dilma e do governador da Bahia e candidato à reeleição, Wagner, deve se refletir no apoio aos postulantes ao Senado da coligação “Pra Bahia Seguir em Frente”; Lídice da Mata (PSB) e Walter Pinheiro (PT).Wagner tem destacado a importância de votar nas duas candidaturas ao Senado da sua coligação. No último levantamento Ibope, do dia 27, Lídice desponta com 32%, Pinheiro com 29% e César Borges (PR), principal adversário, tem 35%; mantém a liderança, mas está tecnicamente empatado com a candidata socialista. “Vamos continuar juntos, apostando no projeto que vai trazer mais desenvolvimento para a Bahia”, garantiu Lídice.

Campanha proporcional

As sucessivas pesquisas indicam uma tendência e, portanto, ser for mantido este atual cenário, além da vitória de Wagner e Dilma, Lídice e Pinheiro têm grandes chances, assim como são beneficiados os candidatos e candidatas a deputado federal e estadual aliados ao projeto político que tem à frente Wagner e Dilma. Embora, a transferência de votos não seja automática.

São 39 as vagas da Bahia na Câmara dos Deputados e alguns analistas acenam com a perspectiva da coligação “Pra Bahia Seguir em Frente”, dos partidos aliados de Wagner, de eleger, ao menos, 22 deputados, considerando a situação atual da campanha. Para tanto, concorre com 60 nomes em uma única coligação proporcional ou “chapão”. Já para o pleito de deputado estadual, os aliados de Dilma e Wagner se distribuem em quatro chapas: a coligação do PT, PDT, PP e PRB; a Frente Dois de Julho, com PSB e PSL; o PHS; e o PCdoB. É a primeira vez que o Partido Comunista do Brasil sai em chapa própria para deputado estadual, por considerar essa opção como mais favorável ao seus objetivos eleitorais.

“O partido que possui relevante presença no movimento social, ampliou a sua influência política refletida no resultado das últimas eleições, quando elegeu 18 prefeitos e, ao assumir espaços na gestão pública. As nossas 40 candidaturas a deputado estadual contemplam os objetivos de ampliar a bancada do partido na Assembléia Legislativa, contribuir com a eleição dos federais e fortalecer projetos regionais e municipais”, informa a secretária estadual de Comunicação do PCdoB, Julieta Palmeira. Dos 40 candidatos, 18 são de Salvador, dois são os atuais deputados ( Álvaro Gomes e Javier Alfaya) e 20 são líderes regionais do movimento social, estudantil e sindical.

“O público tem respondido positivamente à campanha nas ruas e a perspectiva do partido é de eleger os três candidatos à Câmara Federal: Alice Portugal e Daniel Almeida, ambos tentam renovar seus mandatos pela terceira vez consecutiva, e Edson Pimenta, eleito deputado estadual em 2006 e pela primeira vez concorrendo a deputado federal. Para o pleito de deputado estadual, se confirmado, o atual cenário, há chances de ampliar a bancada na Assembléia Legislativa que conta, atualmente, com três deputados ”, declarou Julieta Palmeira. “Nessa reta final, é importante consolidar esta situação favorável que vivemos em toda a Bahia. Portanto, o nosso apelo é para manter a campanha aquecida nas ruas e, especialmente, no corpo-a-corpo com os eleitores, reforçando o nome e número dos nossos candidatos e candidatas, porque o voto, muitas vezes, é decidido de última hora”, alertou Julieta Palmeira.

De Salvador,
Camila Jasmin