Aldo recebe apoio e mostra porque trabalhadores estão com ele
A capital ainda vive seus poucos momentos de trânsito livre na fria madrugada paulistana quando milhares de cobradores e motoristas começam a se dirigir às garagens para pôr em movimento parte da frota de 15 mil ônibus que transportam, diariamente, cerca de cinco milhões de passageiros. Contrapondo-se à modorra da cidade ainda adormecida, às 4 horas da manhã homens e mulheres chegavam animados à Viação Santa Brígida. Entre eles o deputado federal Aldo Rebelo, um velho conhecido da categoria.
Publicado 13/09/2010 19:02

Com um trabalho político ligado aos trabalhadores desde o começo de sua vida pública, Aldo tem visitado diversas categorias para ouvir o que esses brasileiros esperam de parlamentares e governantes. E foi o que fez na última sexta-feira (10) quando esteve na Santa Brígida, no bairro do Jaguaré, zona Oeste de São Paulo.
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Amazonas: com Aldo, pelos condutores |
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano, hoje são 40 mil os motoristas, cobradores e funcionários de manutenção na cidade de São Paulo. E as queixas dessas categorias, em geral, giram em torno de melhores condições de salário e trabalho e mais segurança.
Candidato à reeleição, Aldo tem feito dobradinha com Alcides Amazonas, antigo dirigente sindical do setor que hoje disputa uma vaga para a Assembleia Legislativa. “A receptividade entre os trabalhadores do transporte é sempre muito boa porque é parte de uma relação fiel do PCdoB com a luta dos trabalhadores. Acompanho esta categoria há mais de 20 anos e é como se eu fosse parte dela”, diz Aldo Rebelo.
“Este é meu candidato”
Da guarita, Agenor Cipriano da Silva cuida do entra e sai de veículos. Ele conta que entre 3h15 e 7h, praticamente toda a frota, de 700 ônibus, é colocada na rua. Em meio ao entra e sai de funcionários, Aldo Rebelo e militantes do PCdoB conversam com os funcionários. “Nesse homem, eu voto direto”, disse um deles, correndo para iniciar a jornada. De dentro do Pirituba-Vila Mariana, outro motorista grita: “este é meu candidato”. Ele buzina e segue seu trajeto numa jornada em que ainda vai enfrentar muito trânsito, barulho e poluição.
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Motorista aposta em comunista |
Wellington Vasconcelos declara que Aldo “é uma figura que não pode faltar na Câmara”. O motorista Tadeu Pereira concorda. “Vou votar na Dilma para continuar o que Lula tem feito. O desemprego, por exemplo, diminuiu muito. Para quem é trabalhador, isso é muito importante. E o Aldo vai junto, porque ele sempre esteve com a gente”, diz Tadeu Pereira.
Edvaldo Santiago, nome conhecido na categoria, é responsável pelo megafone. Mas, é de perto que ele explica a razão para os trabalhadores apoiarem Aldo Rebelo. “Companheiros, temos de eleger uma boa bancada na Câmara, que é a maneira de ajudar Dilma na Presidência e de ajudar a nós mesmos, como trabalhadores, porque o Aldo sempre esteve com a gente”.
Enquanto pára para tomar um café com bolo de mandioca que um casal vende próximo à garagem, Aldo continua o bate-papo com os trabalhadores. Uma das mais interessadas é Eliseleide Bonilha. Ela é uma das seis mulheres motoristas entre os 1,5 mil que compõem a Santa Brígida. Elis, como é chamada, havia acabado de conhecer o candidato comunista. “Gostei muito. Ele passa firmeza, é uma pessoa simples e honesta”, diz.
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Eliseleide, uma das seis motoristas |
Mãe de quatro filhos e avó há pouco tempo, Elis dirige ônibus há dois anos. Antes, foi caminhoneira e lida bem com o fato de, ainda hoje, haver poucas mulheres no ramo. “Não sinto dificuldade e tiro de letra qualquer preconceito que possa aparecer”, explica. Para ela, o fato de haver uma possibilidade real de o Brasil eleger sua primeira presidente “é muito gratificante porque a Dilma está mostrando que a mulher é forte, inteligente e não se limita a lavar e passar. E o que percebo é que essas candidaturas da Dilma, do Aldo, Netinho e Mercadante estão realmente do lado do nosso povo”.
Edna Maria é outra companheira de trabalho. A cobradora, que faz parte da Cipa, é uma das que mais agita a panfletagem. “O trabalho que estamos fazendo é importante para tornar nossos candidatos ainda mais conhecidos e a recepção ao Aldo tem sido muito boa. Não precisamos fazer esforço nenhum”, brinca. Segundo ela, entre os condutores, “Serra não tem vez”.
Raimundinho é outro apoiador do comunista. Animado entre os companheiros de trabalho e de militância, diz que “o pessoal está firme com os nossos candidatos porque sabe que o PCdoB e o Aldo estão sempre com a gente”.
Enfermeiros com Aldo
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Com Porto, Aldo visita simulação de UTI neonatal |
No mesmo dia, Aldo Rebelo ainda esteve com outra categoria: a dos enfermeiros. Ele visitou o Centro de Aprimoramento Profissional de Enfermagem (Cape) do Conselho Regional de Enfermagem (Coren) e a sede da entidade. Ao todo, o estado de São Paulo conta com 400 mil enfermeiros, além de 150 mil de áreas correlatas. No Brasil, esses números pulam para 1,5 milhão e 700 mil, respectivamente.
“Até pouco tempo atrás, esta era uma área em que os profissionais eram pouco envolvidos com a política”, explica Cláudio Porto, presidente do Coren-SP. “Mas isso tem mudado. O despertar para a política é importante para melhorarmos nossa sociedade, principalmente levando em conta a amplitude desse universo; os enfermeiros representam 60% da força de trabalho na área da saúde em todo o país”, argumenta.
Durante a visita, Aldo esteve acompanhado do médico e vereador Jamil Murad e da candidata Sarah Munhoz, enfermeira que concorre à Assembleia Legislativa também pelo PCdoB. “Antes, a área da saúde era praticamente representada apenas pelos médicos e farmacêuticos, mas cada vez mais os enfermeiros estão aderindo à luta política, em sintonia com o bloco de forças liderado pela esquerda que apoia o governo Lula”, afirma Murad.
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Aldo e Sarah, unidos pela enfermagem |
Segundo Aldo, “é preciso valorizar cada vez mais essa bela e nobre profissão e dar condições, como neste centro de aperfeiçoamento, para que os profissionais estejam cada vez mais capacitados. Devemos lutar sempre pela promoção da qualidade na enfermagem”.
Ao término da agenda, Aldo disse estar satisfeito com o carinho que tem recebido dos trabalhadores e afirma que é grande o apoio a Dilma. “Comparando o sentimento das ruas hoje com o de 2006, percebemos que há o reconhecimento sincero dos resultados do governo Lula e o consequente apoio a Dilma”.
Confiante na disputa em São Paulo, Aldo disse que “poderá haver uma grande vitória da esquerda”. “Temos condições de eleger Dilma, Netinho, uma boa bancada de parlamentares, levar a disputa ao governo para o segundo turno e mudar o quadro no estado”.
De São Paulo,
Priscila Lobregatte
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