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Chile: Tensão e angústia predominam no resgate dos mineiros

As últimas horas foram tensas e angustiantes para os 33 mineiros soterrados a 700 metros de profundidade em uma mina no Norte do Chile e para os parentes deles. A informação de que um problema técnico em uma das perfuradoras atrasará os trabalhos de resgate causou transtorno e cobranças das famílias. Os trabalhadores aguardam o resgaste há mais de um mês. O ministro da Saúde, Jaime Mañalich, tentou acalmar ontem (12) as vítimas e os parentes.

As informações são da rede estatal de televisão do Chile, a TVN. Segundo Mañalich, as operações de resgate entraram na etapa mais difícil, que é a da manutenção do ritmo de trabalho. De acordo com ele, as autoridades estão sendo transparentes com as famílias e os mineiros. Para o ministro, “altos e baixos” fazem parte do processo.

As famílias dos mineiros montaram barracas ao redor do local onde houve o acidente. O local foi apelidado de Acampamento Esperança. Nessa área, os parentes enviam mensagens para os trabalhadores e aguardam informações sobre o resgate. Domingo (12), o esforço foi para manter o clima típico de domingo de folga no Chile: com almoços em clima de família, música e jogos.

As autoridades planejaram três alternativas de resgate que serão colocadas em execução de uma só vez. A primeira, denominada plano A, era acionar uma máquina perfuradora. A segunda era ligar outra máquina escavadora, mais potente, a que apresentou problemas técnicos. E, por fim, no próximo dia 18, montar um maquinário usado em petrolíferas para também perfurar o terreno.

As dificuldades com o resgate aumentam porque nos últimos dias o Chile sofreu uma série de terremotos e a área onde houve o desmoronamento de terra, no Deserto de Atacama, no Norte do país, é apontada como uma região delicada.

No último informe, da semana passada, as autoridades chilenas indicavam que 268 metros foram perfurados, faltando cerca de 432 metros para chegar à área onde estão confinados os trabalhadores desde o dia 5 de agosto. A estimativa é que as operações durem de três a quatro meses.

Na quinta-feira (9), os mineiros gravaram um segundo vídeo com depoimentos e mostrando o local onde estão. No vídeo, divulgado pelas autoridades chilenas, os trabalhadores brincam, fazem piada, demonstram bom humor e esperança no resgate. Também mostram como cuidam dos ferimentos e enviam as correspondências. Há ainda imagens dos locais onde dormem.

Fonte: Agência Brasil