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Reina  pessimismo nas conversações entre palestinos e israelenses

A negativa antecipada do primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a um congelamento total dos assentamentos israelenses na Cisjordânia ameaça minar o diálogo direto com os palestinos que se realiza nesta terça-feira (14) no balneário egípcio de Sharm El Sheik.

O tema das colônias israelenses nos territórios ocupados da margem ocidental e de Jerusalém Leste sem dúvida dominará a reunião entre Netanyahu e o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas.

O chefe de governo sionista terá que pronunciar-se com todas as letras, sobre se estende ou não o congelamento das construções. Há 10 meses Israel decidiu paralisá-las. O prazo expira em 26 de setembro.

Além da escassa vontade de reconciliação evidenciada em seu mandato anterior e na atualidade, Netanyahu deverá encarar, de um lado, a ameaça palestina de abandonar as conversações e, de outro, satisfazer as exigências de extremistas judeus.

Os colonos ultraortodoxos advertiram que se for declarada outra moratória, por mínima que seja, “acabarão com seu governo”, empenho n o qual facilmente contariam com a ultradireita israelense.
Um membro da delegação palestina presente no Egito declarou à agência Prensa Latina que a indicação de Abbas é mostrar o máximo de disposição para dialogar, mas ao mesmo tempo não deixou de advertir que os palestinos podem abandonar as conversações de os compromissos não forem respeitados.

A secratária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, e o enviado especial do presidente Barack Obama para o Oriente Médio, George Mitchell, estarão presentes no encontro entre Netanyahu e Abbas.

Fontes diplomáticas consultadas comentaram o protagonismo quase exclusivo e questionável que os Estados Unidos se empenham em exercer nesyas negociações, pois até agora oficialmente não há representantes de alto nível da ONU, União Europeia ou Rússia.

As duas organizações e Moscou integram, com Washington o chamado Quarteto Internacional para o Oriente Médio, instância que defende a retomada das conversações tomando em conta acordos prévios, antigas resoluções da ONU e outros compromissos já estabelecidos.

Mas o governo de Obama pressiona Abbas para que dialogue diretamente com Netanyahu sem pré-condições, leia-se, sem reclamar a paralisação da construção dos assentamentos.

Fonte: Prensa Latina