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Apenas 5% dos brasileiros com mais de 25 anos continuam estudando

Em 2009, apenas 5,7% dos brasileiros entre 25 e 64 anos continuavam buscando a melhoria do seu nível educacional. É o que aponta a Síntese dos Indicadores Sociais de 2009 divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o instituto, essa proporção é mais alta entre as mulheres: 6,6%. E quanto mais se eleva a idade, menor é a frequência aos estudos. Entre os mais novos (de 25 a 34 anos), o percentual é de 10,2% contra 3,6% na população de 50 a 64 anos.

É também entre os mais velhos que se concentra o maior número de analfabetos: 32,9% desse grupo é maior de 65 anos de idade. A maioria das pessoas que não sabem ler e escrever também é parda (58,8%) e vive no Nordeste (52,2%). Entre os brasileiros que recebem até meio salário mínimo, a taxa chega a 16,4%.

A pesquisa também aponta que 2,1 milhões de pessoas maiores de 15 anos de idade estavam matriculadas em cursos de educação de jovens e adultos, modalidade que se destina àqueles que não frequentaram a escola na idade correta. Nesse grupo, a maioria tem entre 25 e 39 anos (35,8%). Os mais velhos (com 60 anos ou mais) são minoria nessa modalidade de ensino: 6,2%.

A maior redução do número de analfabetos em relação a 1999 se deu na faixa etária de 15 a 24 anos: eles eram 10,1% do total da população que não sabe ler e escrever naquele ano e passaram para 4,6%.

Maioria dos jovens está atrasada nos estudos

A proporção de jovens no Brasil de 18 a 24 anos que têm 11 anos de estudo é de apenas 37,9%. O dado revela que a população nessa faixa etária está atrasada nos estudos, já que a idade correta para que o estudante complete a educação básica, somando 11 anos na escola, é aos 17 anos.

Segundo o IBGE, “a mensuração da escolaridade da população jovem de 18 a 24 anos de idade com 11 anos de estudo é considera essencial para avaliar a eficácia do sistema educacional de um país”, diz a pesquisa. O instituto aponta que esse percentual é ainda menor no Nordeste, 31,8%, e superior no Sudeste, 44%, o que reforça as desigualdades regionais. Nesse grupo, só 5,4% continuavam frequentando a escola.

Entre os estudantes de 18 e 24 anos, a maioria frequenta nível de ensino abaixo do recomendado. Nessa faixa etária, o ideal seria que o jovem estivesse no ensino superior. Mas menos da metade dos estudantes (48,1%) está nas universidades e um terço ainda cursa o ensino médio, que deve ser concluído aos 17 anos. Entretanto, houve melhoria nessa proporção na última década, já que em 1999 o percentual de estudantes nessa faixa etária que estava no ensino superior era de 22,1%.

Também entre a população de 15 a 17 anos, verifica-se atraso na escolarização. Nessa faixa etária, a taxa de escolarização líquida, que indica a proporção da população que frequenta a escola no nível adequado à sua idade, é de 50,9%. Apesar de apenas metade dos jovens de 15 a 17 anos estarem no ensino médio, o índice melhorou em relação a 1999 quando era de 32,7%.

A frequência piora de acordo com a classe social. Entre os 20% mais pobres, somente 32,0% dos adolescentes de 15 a 17 anos de idade estavam no ensino médio, enquanto entre os 20% mais ricos, essa oportunidade atingia quase 78% do grupo. Segundo IBGE, o dado revela que “a renda familiar exerce grande influência na adequação idade/série”.

Informações Agência Brasil