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Aumenta a linha da pobreza nos Estados Unidos em 2009

Aproximadamente, 44 milhões de pessoas nos Estados Unidos, 1 entre 7 residentes, viviam abaixo da linha da pobreza em 2009. O índice indica um aumento de 4 milhões de pessoas em contraste com o ano anterior, conforme divulgou o Escritório do Censo dos EUA em 16 de setembro.

Para um adulto solteiro em 2009, a linha de pobreza ficou estabelecida em US$ 10.830 e para uma família de 4 indivíduos em US$ 22.050

O nível de pobreza atingiu 14.3%, o nível mais alto desde 1994, em contraste com 13.2% em 2008. O aumento foi mais acentuado entre crianças, com 1 entre 5 residentes com idade inferior a 18 anos vivendo abaixo da linha da pobreza.

O relatório revelou um cenário mais detalhado do impacto provocado pela recessão e o desemprego nas rendas familiares, especialmente àqueles no final da escala. Os números também indicaram aumentos temporários em benefícios patrocinados pelo estímulo econômico, que aliviou as dificuldades financeiras de milhões de famílias.

Para um adulto solteiro em 2009, a linha de pobreza ficou estabelecida em US$ 10.830 e para uma família de 4 indivíduos em US$ 22.050.

Em virtude da profundidade da recessão, alguns economistas esperavam um salto ainda maior com relação aos pobres. O aumento da perda do seguro de saúde, em virtude do desemprego, ajudou a manter a tendência, disse Timothy M. Smeeding, diretor do Instituto de Pesquisa da Pobreza na Universidade de Wisconsin.

"Muita gente estaria em situação pior se não tivesse alguém que pudesse morar junto", disse Smeeding, frisando que em um caso típico, uma mãe solteira e seu filho, tendem a mudar-se para morar com pais ou parentes mais prósperos. O estudo do Censo também revelou um aumento de 11.6% em lares formados por várias famílias ano passado.

Há sinais de que o aumento da pobreza tenha continuado em 2010 e que, provavelmente, continue aumentando, segundo especialistas, enquanto os esforços de recuperação não surtem efeito e a taxa de desemprego continua próxima a 10%.

"Historicamente, demora para a pobreza melhorar depois que a taxa de desemprego começa a cair", disse LaDonna Pavetti, especialista em benefícios sociais no Centro de Política Orçamentária e Prioridades, um grupo liberal de pesquisas sediado em Washington.

Smeeding disse ter quase certeza de que o nível de pobreza ainda aumentaria esse ano. Ele frisou que o aumento do desemprego e da pobreza está concentrado entre adultos jovens que não possuem educação universitária e seus filhos e que eles continuam no final da fila na busca por trabalho.

Um sinal indireto de que a dificuldade econômica continua é a busca por cupões de alimentos (Food stamps) que por lei acumula menos de 133% da linha da pobreza e inclui 1 em cada 7 adultos e ainda uma margem maior pelas crianças na nação. Apesar de outros fatores, assim como a queda dos salários, até meados de 2010, o número de recipientes de "food stamps" atingiu 41.3 milhões, em contraste com 39 milhões no início do ano.

O Censo apresentou o aumento do nível de pobreza entre brancos, negros e latinos, entretanto, a disparidade entre esses grupos continua. A média de pobreza entre os brancos é de 9.4%, para negros 25.8% e latinos 25.3%. A média entre asiáticos permaneceu estável, em 12.5%.

"Esta é a primeira vez na memória que uma década inteira não apresentou essencialmente nenhum crescimento econômico para o lar americano típico", comentou Lawrence Katz, economista da Universidade de Harvard.

O número de residentes sem seguro de saúde atingiu 51 milhões em 2009, em contraste com 46 milhões em 2008, informou o Censo. O número de crianças sem seguro de saúde caiu, refletindo a expansão dos programas governamentais que cobrem menores de baixa renda, enquanto a quantidade de adultos sem seguro continua a aumentar. Estima-se que esse número diminua nos próximos anos, depois que o Plano de Saúde aprovado pelo Congresso em março comece a vigorar.

O auxílio desemprego, que é considerado renda e foi incluído nos cálculos, ajudou a manter 3 milhões de famílias a se manterem acima da linha da pobreza ano passado, indicou o novo relatório. A linha da pobreza é um referencial limitado, concordam especialistas, mas ainda continua a ser a melhor ferramenta disponível, pois reflete os altos de baixos de tendências genuínas.

Fonte: BrazilianVoice