Fortaleza: Educadores sociais lutam para regulamentar profissão

O presidente da Associação dos Educadores e Educadoras Sociais do Ceará (AESC), Luiz Carlos Favaron, usando a tribuna livre da Câmara de Fortaleza, nesta quarta-feira, 22, destacou a luta da categoria pela regulamentação da profissão. O espaço foi solicitado à Mesa Diretora do Legislativo Municipal pela vereadora Eliana Gomes (PCdoB), como uma forma de destacar o Dia do Educador e da Educadora Social, comemorado em 19 de setembro, lei de autoria da vereadora.

Educadores Sociais - Carol Bedê

“Essa categoria merece nosso respeito. Eles têm o papel de lutar pela transformação da sociedade. Promovem ações necessárias para as cidades que a educação comum não tem tempo ou condição de abordar, como conhecimento dos direitos do cidadão, meio ambiente, sexo seguro, entre outros”, explica Eliana salientando que já foi uma educadora social.

Favaron lembrou que no “Dia do Educador Social”, 19 de setembro, data escolhida por ser o dia de nascimento do educador Paulo Freire, foi lançada uma campanha nacional pela regulamentação da profissão. Segundo ele, a Associação encaminhou estudo ao deputado federal Chico Lopes (PCdoB), que apresentou o projeto de lei nº 5349/2009.

O projeto de autoria de Chico Lopes, acrescentou Luiz Favaron, iniciou tramitação nas Comissões de Trabalho, Educação e Cultura e Constituição e Justiça da Câmara Federal. “Estamos buscando e recebendo apoio de parlamentares e instituições de todo o Brasil”, informou.

A Associação dos Educadores e Educadoras Sociais do Ceará entende que, além da regulamentação, existem, a curto prazo, outros desafios a serem enfrentados visando ao reconhecimento da profissão. Favaron destacou a melhoria das condições de trabalho, conquista de um piso salarial, abertura de concursos públicos, isonomia salarial e equiparação à carreira de professor, e a instituição do educador e da educadora social em cursos de graduação.

O presidente da AESC salientou que, em um primeiro momento, a educação popular, protagonizada pelos partidos políticos, sindicatos, movimentos sociais e populares, constituiu-se como leito da reflexão e possibilidade da ação sobre a realidade antidemocrática que os países latinos experimentavam. Com a abertura democrática, a função social da educação popular ficou mais complexa, exigindo aprofundamento da democracia.

Fonte: Câmara de Fortaleza com informações da Assessoria de Imprensa da vereadora Eliana Gomes (PCdoB)