Morre o antropólogo baiano Vivaldo da Costa Lima

Na manhã de quarta-feira (22/9), morreu o antropólogo baiano Vivaldo da Costa Lima, vítima de insuficiência cardiorrespiratória e renal. Professor emérito da Universidade Federal da Bahia, o dentista por formação tornou-se referência no estudo da cultura afro-brasileira, autor de obras clássicas sobre o candomblé, a exemplo de O Conceito de Nação nos Candomblés e A Família de Santo nos Candomblés Jejes-Nagô da Bahia.

Especialista na culinária afro-brasileira e dono de uma das maiores bibliotecas sobre o assunto em todo mundo, já tinha dois livros no prelo sobre a temática gastronômica. Esteve à frente da primeira gestão do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia – Ipac, onde permaneceu por mais três gestões, e comandou o processo de restauração do Pelourinho nos anos 70. Foi também um dos fundadores do Centro de Estudos Afro Orientais – CEAO/UFBA.

Respeitado nacional e internacionalmente pela inegável contribuição no estudo e pesquisa das raízes do Brasil e da formação do povo brasileiro, Vivaldo é considerado um pilar pelo seu pioneirismo. Foi um dos primeiros acadêmicos do país a visitar a África e é apontado pelo fotógrafo e etnólogo francês, Pierre Verger, como um símbolo de humanista.

De Salvador,
Camila Jasmin