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Potências pedem para Irã voltar a negociar acordo nuclear

Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) – Estados Unidos, Rússia, China, França e Grã-Bretanha – mais a Alemanha, o P5+1, declararam nesta quarta-feira (22) que querem que o Irã volte à mesa de negociações sobre o seu programa nuclear.

Apesar do pedido de negociação, o P5+1 afirmou que não pretende suspender as sanções sobre o país. O governo iraniano rebate as acusações sobre o seu programa nuclear, e diz que sua finalidade é pacífica.

Em maio deste ano Brasil, Irã e Turquia assinaram o Acordo de Teerã. Segundo o documento, o Irã enviaria 1,2 toneladas de urânio enriquecido a 3,5% para a Turquia. No prazo de até um ano, 120 quilos do material enriquecido, em território turco, a 20% seria devolvido ao Irã.

Sob pressão dos Estados Unidos, o acordo foi rejeitado pelo Conselho de Segurança da ONU – que iniciou a imposição de uma série de sanções sobre o país.

Negociações

O Irã está disposto a retomar as discussões com as grandes potências sobre seu programa nuclear, confirmou o ministro iraniano das Relações Exteriores, Manuchehr Motaki.

Durante uma conversa em Nova York com o colega chinês Yang Jiechi, Motaki reiterou que o Irã está disposto a negociar sobre a questão nuclear, informa o site do canal estatal de televisão iraniano.

“As negociações podem chegar a bom termo se forem justas e se ficar reconhecido o direito do Irã ao uso pacífico da energia nuclear", afirmou o chanceler.

Brasil e emergentes

O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, reuniu-se também nesta quarta com o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, em Nova York. Mesmo sem revelar o teor da conversa com o presidente iraniano, Amorim afirmou que Brasil e Irã têm uma boa relação.

“Uma boa relação sempre ajuda a resolver problemas. O presidente do Irã aprecia nossa sinceridade, o nosso desejo de trabalhar com a paz, e eu acho que isso terá bons efeitos em vários aspectos", disse.

Ele falou que os Brics – Brasil, Rússia, Índia, e China –, em reunião naquela mesma manhã, haviam decidido propor à Assembleia-Geral da ONU um projeto de resolução proibindo sanções unilaterais contra países cujos casos estão sendo discutidos no Conselho de Segurança.

“Começamos a ter alguma coordenação sobre resoluções da Assembleia-Geral. Em alguns casos, estamos até mesmo contra sanções multilaterais”, explicou Amorim.

Da redação com agências